2 de agosto de 2007

Nós, mulheres sertanejas, lutando e resistindo!

Temos em nosso sertão um grande desfio que é superar as diversas desigualdades, e uma delas é a de gênero.
A concepção das relações entre homens e mulheres se deu historicamente em uma construção de relação de poder que esta impregnada na nossa cultura de forma simbólica, onde as próprias mulheres não percebem.

Ainda hoje a cultura masculina detém maior poder econômico, político, ideológico e religioso que predomina. Em nosso contexto histórico a violência contra as mulheres não é apenas física, mas também psicológica e ideológica, atinge todas as idades e sexo.

O desafio das sertanejas para superar essa realidade, não se resume em denunciar esses casos apenas, mas hoje temos a lei Maria da Penha que veio para garantir os nossos direitos e dar a proteção. É preciso criar formas de divulgar, informar, conscientizar toda sociedade e assim garantir seu o cumprimento e não ser apenas mais uma lei, infelizmente, como acontece sem efeito prático. Temos em alguns municípios, da região do Submédio São Francisco, como: Paulo Afonso - BA e Petrolina - PE as DEAM (Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher) e os Conselhos Municipais para de mulheres. Porém ainda é muito pouco para atender a demanda, mas já é um passo, o nosso primeiro passo.

Estamos tentando criar o Conselho Municipal da Mulher em Jatobá – PE. Ainda está em processo de construção e precisa da consciência das mulheres, homens e jovens; apoio e orientação. Essa proposta, deste conselho, surgiu no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher. O STR (Sindicato de Trabalhadores Rurais) do município de Jatobá lá estavam o Coletivo de Jovens do STR, Grupo de Mulheres do Município, Lideranças Femininas das comunidades, Diretora e professoras da Escola Estadual de Itaparica. Pensamos em concretizar ações, deste dia, para não ser apenas comemorativo e tentar concretizar a lei Maria da Penha.

Depende principalmente do nosso interesse, por isso como mulher e jovem digo: “Somos todas e todos capazes de contribuir para um mundo melhor sem violência para as mulheres e, em especial, as camponesas que tanto são vitimas.”

Vânia Tatiane
Jovem rural e participante do Coletivo de Jovens do Pólo Sindical e estudande do curso de Pedagogia da UNEB

Vânia Tatiane é do município de Jatobá do estado de Pernambuco

Um comentário:

Anônimo disse...

Somos convocados a nós unirmos e lutarmos coletivamente em prol de políticas afirmativas de gênero. Reinteramos ainda a importância de engrossa as fileiras das causas juvenis que vem se tornado a cada diamaisurgentes. Geraldo Alves, Paulo Afonso/BA