23 de novembro de 2010

Carta da REJU na 4ª Jornada Ecumênica





PALAVRAS DAS JUVENTUDES ECUMÊNICAS (19/11/2010)
REJU

“E vossos jovens terão visões”
(Joel 2.28)

As Juventudes participantes da 4ª Jornada Ecumênica, reunidas em Itaici (São Paulo), representadas por meio de diversos movimentos, espaços eclesiais, redes e instituições não-governamentais - mobilizadas pela Rede Ecumênica da Juventude (REJU) – saúdam as(os) coordenadores desta 4ª Jornada. Especialmente, festejamos a intensa presença das(os) jovens em diversos espaços de discussão, debate, partilha e liderança. Com esta novidade, irmãs e irmãos, apesar do conservadorismo de algumas comunidades de fé, sinal de um retrocesso, e das crises de organismos ecumênicos, nós confiamos que a trajetória deste movimento – que celebra cem anos da Conferência de Edimburgo - continua em construção e fortalecimento!
Somos pro-vocadas(os), com o pensamento crítico e a ousadia próprias das juventudes, a continuar afirmando a utopia de uma casa habitável para todas as pessoas. Assumimos que a justiça permanece no coração de nossa fé e a diversidade de espiritualidades é o vento que nos movimenta em seus (a)braços. As nossas marcas, os nossos rostos, nossas vozes e lutas evidenciam que a prática ecumênica de nossas juventudes acontece na pluralidade de nossos corpos, de nossos encontros e de nossa fé. Nossa realidade exige críticas e práticas contrárias às relações econômicas excludentes, que sacrificam nos altares do consumo os corpos empobrecidos e vitimizam as juventudes. Diante deste contexto, propomo-nos a trabalhar em prol de uma economia solidária, participativa e justa, na defesa da criação e da dignidade humana. Enfatizaremos e nos organizaremos para a maior inserção das juventudes em conselhos compostos pela sociedade civil e instâncias governamentais, para promover e monitorar políticas públicas em favor da justiça em nosso País. Sonhamos com a integração de nossa “Afro-ameríndia”, sinalizada nesta Jornada Ecumênica com jovens de diversos países. Esperamos que as articulações entre o nosso povo, nossa gente, se fortaleçam e se ampliem.
As juventudes aqui presentes – facilitadas pela REJU em suas mais diversas regiões – abraçam os compromissos da 4ª Jornada Ecumênica e oferecem outros quatro compromissos de atuação nacional para 2011, o ano internacional da Juventude:
1. Realizar, em organizações pertencentes à REJU, uma campanha contra o extermínio das juventudes, tendo como agentes do processo as(os) jovens pertencentes à rede ecumênica;
2. Promover uma campanha, com produção de textos e vídeos criados pelas(os) jovens, em combate à intolerância religiosa, sendo realizada em comunidades de fé e em institutos educacionais;
3. Acompanhar e fiscalizar - nos conselhos e fóruns juvenis, especialmente no CONJUVE - as políticas públicas para as juventudes realizadas pelo Governo Federal.
4. Articular conferências livres de juventudes em comunidades de fé, movimentos e organizações sociais e organismos ecumênicos, buscando a participação das(os) jovens ecumênicas(os) na 2ª Conferência Nacional de Juventude.
Por fim, afirmamos a esperança de um novo tempo para todas as pessoas e para toda a terra habitável em dignidade e justiça, a partir do texto de Joel 2. 28-29: “Eu derramarei o meu Espírito sobre toda carne: e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão; os vossos velhos sonharão; e os vossos jovens terão visões...”
Amém, Axé, Ta upeicha.
Itaici, São Paulo, 15 de novembro de 2010.

9 de novembro de 2010

CURSO DE AGENTES CULTURAIS JOVENS RURAIS DA BACIA LEITEIRA

Nos dia 29 e 30 de outubro de 2010, foi realizado o primeiro módulo do curso de agentes culturais jovens no território da Bacia Leiteira Alagoana.

O recurso financeiro para o curso foi adquirido através de um projeto da câmara temática de juventude do território da Bacia Leiteira de Alagoas.

Participaram do curso 46 jovens dos municípios de Pão de Açúcar, Palestina, Olho D’Água das Flores, Monteirópolis e Jacaré dos Homens, homens e mulheres com faixa etária de 15 a 30 anos de idade. No curso conversamos sobre identidade dos jovens no contexto de territorialidade no primeiro dia e construímos a partir da conversa um painel com perfil das juventudes de cada município, além de identificar também as organizações de juventudes existente no nosso território.

No segundo dia discutimos sobre temáticas transversais com as seguintes oficinas: Cultura, Políticas Públicas para a Juventude – PPJ, Etnia e Geração, Gênero e Esporte e lazer. As oficinas foram facilitadas pelos jovens Voluntários do NUDEC e jovens do STTR de Pão de Açúcar e da FETAG /AL.

Os jovens do curso selecionaram 10 integrantes para participar do comitê de Juventude do Colegiado Territorial da Bacia Leiteira Alagoana.

Com encaminhamentos ficou o prazer de casa “atividades Inter-módulo”, um questionário para ser feito um diagnóstico pelos jovens em suas comunidades.

Em seguida avaliamos e encerramos o primeiro módulo, às 16:20h.


JUVENTUDES NO COMITÊ SOCIALIZANDO O SABER

Os jovens de alagoas

Da bacia leiteira em especial

Encontram-se dialogando

Sobre o colegiado territorial

Para juntos rearticularem

O comitê da juventude setorial

Com iniciativa do NUDEC

Entidade responsável

que ajuda a juventude

Descobrir e assumir

sua verdadeira identidade

ajudando muitos jovens, do campo e da cidade

o sindicato de Pão de Açúcar

também de grande expressão

ajudou o NUDEC

nessa importante missão

para juntos atingir

o objetivo desta ação

Temos Também KOINONIA

que não cansa de nos ajudar

promovendo ou apoioando

a formação popular

não podemos esquecer do grande MDA

que nos últimos 8 anos não parou de nos ajudar

espero que e analisemos e votemos

na melhor proposta que há

pois assim continuaremos

a democracia popular

articulando todo o povo

nos colegiados territoriais

dando oportunidade a mulheres

e a juventude cada vez mais

para assim usufruir

dos benefícios estatais

esse é mais um encontro

para formar lideranças juvenil

pois apostamos na formação

como instrumento de libertação

para as juventudes desta nação

para juntos afirmarmos

nossos direitos de cidadão

por isso é muito importante

a troca de informação

para criarmos estratégia

inserção e participação

no comitê de juventude

do colegiado territorial

e trazermos projetos

para o bem comum social

contamos também com a participação

de duas figuras especiais

elas são do médio sertão

território nosso vizinho

mas isso diferença não faz

pois somos todos jovens

em busca de cidadania e paz

as discussões foram boas

a juventude aprendeu

gostou e se fortaleceu

agora é só participar

para juntos construir

um Brasil mais popular

por isso juventudes

da bacia leiteira e do médio sertão

não vamos parar por aqui

vamos promover militância

e mostrar para o Brasil

que os jovens têm importância

para finalizar

trago uma ótima idéia

de participarmos dos territórios

lutando por nossos ideais

e mostrando que com coletividade

a democracia se faz.

Impoeiras, Pão de Açúcar – AL, 30 de outubro de 2010

Oscar Alan Gomes dos Santos

6 de novembro de 2010

Lançamento do Livro Fotográfico "O Rio São Francisco e as Águas no Sertão"

O fotógrafo João Zinclar lançará no próximo dia 12 de novembro, no Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, em São Paulo, o livro fotográfico "O Rio São Francisco e as Águas no Sertão. No ato do lançamento haverá o debate "Água: Direito ou Mercadoria", com a presença de Vicente Andreu, diretor-presidente da ANA e Roberto Malvezzi, da CPT. O evento terá início às 19 horas.

notícia do site da CP nacional.

Faltam cinco dias para o início da 4ª Jornada Ecumênica

Sobre a enquete

A primeira enquete do Blog teve participação pequena. Apena 11 pessoas respondentes. O tema foi o "toque de recolher" ou "acolher". O conjunto estava muito dividido entre a aprovação e reprovação da medida. Isso indica necessidade de maior debate sobre a mesma, ao menos para estas onze criaturas que cravaram uma alternativa.

Nazaré voltou da terra do frio, chegou da Noruega

Nazaré, nossa educadora popular jovem, que trabalhou em formação com os agentes culturais, retornou da Noruega. Lembram, ela foi lá pelo fato de termos um projeto que se inicia em 2011 e seguirá até 2015 para a afirmação dos direitos da juventude, direito à cidade e promoção de ações para a mitigação e reparação dos efeitos das mudanças climáticas. O projeto é para ser desenvolvido articulando Salvador, Paulo Afonso e Delmiro Gouveia, mais os seus entornos. Nazaré chegou dia 29 de outubro e no dia 31 votou na Dilma...


O que você achou da ida à Noruega?


Lá foi muito bom. A última palestra foi para duas turmas de 400 jovens. Teve gente que saiu muito comovida, até chorou. Todo mundo dizia que valia muito apoiar um projeto como este nosso.


O que você fez no Dia de Trabalho (OD em norueguês é abreviação de dia de trabalho)?


O grupo que estava saiu cantando pelas praças de Oslo. O pessoal contribuía com a gente. Chovia muito e fazia um frio danado. No meio da chuva quase nem sentia mais minha mão, estava congelando... Foi muito bom, até com este frio.


Que avaliação você tira da experiência?


A avaliação que fizemos lá teve um ponto pesado: eles chamaram gente que não era do Brasil para falar do Brasil, e a gente lá... Também teve pouca participação para conhecer os nossos projetos... Porém, o conjunto das coisas foi muito bom.

12 de outubro de 2010

Manifesto da Via Campesina em favor de Dilma.

progressistas da Igreja em favor da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, começou a ser articulada esta semana e, na próxima, ganham as ruas dois manifestos em favor da petista. Um deles, assinado pela Via Campesina e outros movimentos sociais, conclama "a militância de todos os movimentos sociais" a se engajarem na campanha para a eleição de Dilma. "Precisamos derrotar a candidatura Serra, pois ela representa as forças direitista e fascistas do país", diz o manifesto, que vai coletar adesões até amanhã.
A reportagem é de Maria Inês Nassif, publicada no jornal Valor, sob o título "Via Campesina arma contraofensiva".
O outro documento está sendo preparado por grupos progressistas da Igreja Católica e protestante, para se contrapor à ação de setores religiosos que, às vésperas do primeiro turno, fizeram campanha anti-Dilma e anti-PT, sob o argumento de que candidata e partido eram "abortistas".
A nota que será oficializada pelos movimentos sociais, ao fazer uma análise do primeiro turno das eleições, chega à conclusão de que os setores sociais progressistas tiveram vitórias, não apenas nas eleições parlamentares "e na reeleição de governadores progressistas", mas com a derrota eleitoral de Yerda Crusius (PSDB), no Rio Grande do Sul, que manteve um governo de "criminalização dos movimentos sociais". Não poupou críticas a nenhum dos candidatos à Presidência - à Dilma, pela falta de debate de projetos que interessam efetivamente à população, e à Serra, "pelo baixo nível de sua campanha presidencial". "A biografia do candidato já é a maior derrotada nessas eleições", diz a nota.
Em relação a Marina Silva, candidata do PV no primeiro turno - que tem uma histórica ligação com os movimentos sociais -, o documento foi implacável. "Quanto à candidatura de Marina Silva, cumpriu o objetivo a que se propôs: o de provocar um segundo turno nessa campanha eleitoral. O tempo dirá se o seu êxito serviu para fortalecer a democracia ou foi utilizado para que as forças conservadoras retornassem ao poder."
O documento articulado pela Via Campesina reitera sua posição de autonomia em relação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, cujos avanços "foram insuficientes, em que pese os acertos de sua política externa". O candidato do PSDB, José Serra, todavia, é colocado como "inimigo das bandeiras de luta" populares, pela sua atuação à frente do governo paulista e pelos oito anos dos governos tucanos deFernando Henrique Cardoso. "Pelo caráter antidemocrático e antipopular dos partidos que compõem a sua (de Serra) aliança eleitoral e por sua personalidade autoritária, estamos convictos que uma possível vitória sua (de Serra) significará um retrocesso aos movimentos sociais e populares em nosso país e para as conquistas democráticas no continente, e maior subordinação ao império estadunidense", justifica o documento.
Até agora, aderiram a essa posição a Via Campesina, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), o Sindicato dos Engenheiros do Paraná, a Marcha Mundial das Mulheres, o Centro de Estudos Barão de Itararé e a Uneafro. Segundo fonte envolvida nessas articulações, correntes do PSOL e movimentos ambientalistas ligados à Marina mostraram interesse em aderir ao movimento, mas devem esperar posição de seus partidos.
O documento é o primeiro passo de uma estratégia de mobilização dos setores sociais em favor de Dilma. O segundo momento é o envolvimento das bases dos movimentos na campanha do segundo turno, em favor de Dilma. Ainda assim, apesar da adesão à petista, os movimentos reiteram "a autonomia política frente aos governos".

Enviado por Damião Matos, STTR de Ouro Branco, AL.

10 de outubro de 2010

Entrevista com Maria Nazaré, em viagem para a Noruega

Nazaré está de viagem para Oslo. Ela vai representar os jovens de KOINONIA durante a Campanha do Dia de Trabalho (OD, em norueguês). É um terceiro momento.

No primeiro, em maio, jovens do Obabyan, Síntia Verônica e Thiago Silva, representando os jovens com quem KOINONIA atua em Salvador, Paulo Afonso e Delmiro Gouveia, conversaram com lideranças da Campanha, falando sobre o que já fazem e o que pretendem fazer em relação aos temas da campanha.

Num segundo momento, Nazaré participou de um seminário de preparação para a viagem, no Rio de Janeiro, em setembro, com outros cinco jovens das outras instituições que serão apoiadas no quinqüênio, entre 2011-2015 (Viva Rio, Iser, Ibase, Ação Ecucativa e Diaconia).

Esta entrevista fala das idéias, emoções e pensamentos de Nazaré:

Proejto: O que achou da reunião no Rio de Janeiro?

Nazaré: Foi muito boa porque pude conhecer antes os outros jovens das outras instituições com quem viajarei - todos vamos representar o Brasil e as nossas instituições. Pude conhecer melhor sobre a cultura e como conviver com as pessoas na Noruega. E também pude aprender como dar as palestras em 25 minutos trabalhando com um tradutor. Conhecer outros trabalhos que foram feitos com a OD, no Brasil e em outros Países, também foi muito bom.

Projeto: O que espera desta tua ida na Noruega?

Nazaré: Espero ser bem acolhida, poder representar bem o Brasil e os jovens. Espero poder conhecer outras instituições de lá e o trabalho que desenvolvem.

Projeto: O que acha da possibilidade do Projeto para os próximos anos?

Nazaré: Espero que seja realizado de forma a incluir outros jovens além dos que já estão envolvidos com nossas atividades, e que haja continuidade.

Projeto: Qual sua mensagem para quem aguarda a sua volta aqui no Brasil?

Nazaré: Continuem acreditando! Nós p0demos ter um País melhor. A juventude terá mais oportunidades de educação, lazer, e nossos direitos - que eles sejam respeitados. E que não desistam do trabalho que tem, porque é gratificante.

Maria Nazaré, de Paulo Afonso, irá representar os jovens de KOINONIA na Noruega



Olá, meu nome é Nazaré, tenho 20 anos de idade, morei na área rural de Paulo Afonso ate meus 18 anos. Em outubro de 2008 meus pais faleceram e eu fui morar na cidade (área urbana), em Paulo Afonso- Bahia, onde moro com minha sobrinha. Decidi sair do campo porque queria fazer o curso técnico em enfermagem e o acesso no campo era mais difícil.

Iniciei participando dos projetos sociais aos meus 14 anos, com a pastoral da criança, e através dela conheci outras instituições como KOINONIA que atua no sub-medio São Francisco juntamente com o Pólo Sindical. Na pastoral da criança eu era líder comunitária acompanhava voluntariamente o desenvolvimento de cada criança, para diagnosticar casos de desnutrição. Em 2007, participei do curso de agentes culturais e jovens rurais, em seguida participei do curso de formação para monitores onde eu aprendi como trabalhar com os jovens, no ano seguinte eu fui monitora deste, foi uma experiência única poder trocar conhecimentos com outros jovens.

Essa experiência em minha vida foi gratificante, pois eu tive a oportunidade de conhecer a realidade de outros jovens.

Estou muito ansiosa para conhecer a todos um abraço e até breve.

9 de outubro de 2010

Outubro: mês das crianças

Sem Terrinhas fazem jornada por escolas do campo no mês das crianças

7 de outubro de 2010


Por Vanessa Ramos e Meire Cardoso
Da Página do MST

Está chegando o dia 12 de outubro e a criançada fica ansiosa, louca por presentes. Não importa em que dia da semana será comemorado o tradicional Dia das Crianças, a data é sempre motivo de muita festa e de diversão. Certo? Mas não é só isso.

Para as crianças Sem Terrinha, filhos de acampados e assentados do MST, o Dia das Crianças é muito mais que ganhar presentes.

O mês de outubro é, principalmente, referência de luta das crianças, quando fortalecem a identidade da criança Sem Terra e realizam uma grande festa, onde também trocam experiências culturais.
Por isso, desde 1994, o MST promove atividades com os Sem Terrinha.

Entre na página especial da Jornada Sem Terrinha

“A criança Sem Terrinha vem ocupando e construindo a sua organização no processo de luta do MST e sua identidade vai sendo forjada. Creio que um Sem Terrinha é uma criança organizadora, decidida, com personalidade e que não tem vergonha de dizer que está na luta para ter a terra”, afirma Márcia Mara Ramos, do setor de educação do MST.

A seguir, leia a entrevista concedida à Pagina do MST.

Qual é o objetivo da jornada das crianças do MST neste ano?

A jornada Sem Terrinha tem buscado dar conta de alguns objetivos gerais, embora cada Estado realize o encontro de acordo com a sua realidade. Mas, de um modo geral, o que buscamos é realizar uma grande festa de socialização das experiências educativas e culturais das crianças, com isso valorizar a organização dos Sem Terrinha nos acampamentos e assentamentos e assim fortalecer a identidade Sem Terra. E ao mesmo tempo, os encontros têm como objetivo negociar com as autoridades locais e estaduais as demandas de escola, espaços de lazer para as crianças e infraestrutura geral nos assentamentos.

Que temas serão debatidos?

A jornada mantém o tema “Por escola, Terra e Dignidade”, que continua muito atual. A luta por escola é uma necessidade permanente, dado que muitas escolas estão sendo fechadas no campo. Muitos de nossos assentamentos não têm escolas. E os que têm a infraestrutura é precária e com o atendimento somente nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Quantos estados e crianças vão participar dessa atividade neste ano?

Em geral, todos os estados se mobilizam de alguma forma nessa data. No momento temos informações de 18 estados que vão realizar os encontros, reunindo 12 mil crianças em todo o Brasil. Mas acreditamos que esse número pode ser ainda maior, sentimos muita animação com a jornada.

Por que o MST promove a jornada dos Sem Terrinhas?

A Jornada Nacional dos Sem Terrinha foi sendo construída ao longo da historia do MST com a participação permanente das crianças na luta pela terra, demarcando o território na luta pelo direito à escola desde o acampamento ao assentamento e assim construindo a identidade de Sem Terrinha.

A jornada é organizada a partir dos Encontros de Sem Terrinha nos Estados, com ações locais, regionais e estaduais, mas tem caráter nacional. Os encontros são espaços de socialização de conhecimentos, de brincadeiras, de reivindicação e de muita festa, alegria e compromisso que são firmados diante esse coletivo de crianças.

E esse espaço para as crianças é muito importante. Lembro do Sem Terrinha Luciano, de Pernambuco, por exemplo, que quando participou pela primeira vez do encontro relatou que tudo era muito bonito, que nunca tinha visto tanta criança junta e que iria continuar lutando porque era Sem Terrinha e tinha orgulho disso. É dessa forma as crianças que participam se comprometem com a Jornada Nacional dos Sem Terrinha.

Assim, a Jornada Nacional é um espaço de brincar, socializar, “arquitetar” planos e fazer um grande encontro de reivindicação, diante dos poderes públicos exigindo a efetivação dos direitos da criança e do adolescente.

Como surgiu a ideia de criar uma jornada de crianças?

O MST, sendo um movimento camponês, não surge para pensar a criança especificamente. Mas a realidade concreta da luta pela terra foi colocando para o movimento a necessidade de ter escolas dentro dos acampamentos e assentamentos.

É nessa realidade que o trabalho com as crianças no movimento vai sendo construído. A necessidade de ter uma escola que não seja discriminadora, que permita que as crianças sejam críticas e possam falar, ter opiniões que respeitem a sua luta levou o MST a discutir com as crianças sobre os seus direitos.

E daí, a organizar idas até as prefeituras, secretarias de Educação para colocar os problemas cotidiano da vida coletiva das crianças Sem Terra, como a falta de assistência médica, falta de escolas, transporte escolar, estradas, merenda escolar e tantas outras reivindicação que estão na pauta nos dias de hoje. A criança no MST está sempre na luta.

Como se constrói a identidade dos Sem Terrinha?

A criança Sem Terrinha vem ocupando e construindo a sua organização no processo de luta do MST e sua identidade vai sendo forjada. Creio que um sem terrinha é uma criança organizadora, decidida, com personalidade e que não tem vergonha de dizer que está na luta para ter a terra, ou que mora no assentamento.

Os Sem Terrinha são crianças da classe trabalhadora que tem um espaço de criação, de reflexão, de brincadeiras e de muita seriedade. As crianças Sem Terrinha têm, nesse lugar, a referência para sua vida, sabem que a ocupação da terra que deu origem ao seu território é necessária para que outras crianças no Brasil tenham casa, terra e dignidade e possam se encontrar para brincar e crescer. Como disse o Tiago, uma criança de 11 anos: “Sou Sem Terra, sou da terra, vou ter casa, vou crescer, vou ter asa, correndo e pulando”.

Qual o papel da infância no MST?

É um desafio pensar a infância na perspectiva de um projeto de emancipação humana. O MST fazendo a luta pela terra no Brasil vai constituindo um lugar para a criança Sem Terra como sujeito que vai aprendendo a lutar e a construir junto com a comunidade do acampamento e assentamento. Uma das grandes conquistas das crianças Sem Terrinha é ter desafiado o próprio movimento a produzir um Jornal e uma Revista das Crianças Sem Terrinha.

Confederação Latinoamericana de Operários e Camponeses reúne jovens

II Assembleia de Jovens da CLOC teve início hojePDFImprimirE-mail
Sex, 08 de Outubro de 2010 18:22

Lembrando os 43 anos da morte de Che Guevara, completados hoje, e toda sua luta pela libertação da América Latina, foi aberta hoje, 8 de outubro, a III Assembleia de Jovens da Coordenadoria Latinoamericana de Organizações do Campo (CLOC).


Leia esta notícia na íntegra no site da CPT nacional: http://www.cptnacional.org.br/

6 de outubro de 2010

Começarão novos Cursos de Agentes Culturais no Submédio São Francisco em outubro

Segundo Risonha Freire, secretária de mulher e jovens do Pólo Sindical, os cursos de formação de agentes culturais, nos municípios da região, começarão em outubro. Uma turma ocorrerá em Rodelas, Bahia. O primeiro módulo será nos dias 23 e 24. Agnes será uma das monitoras. Em Pernambuco, o curso reunirá participantes dos municípios de Santa Maria da Boa Vista e Orocó. Segundo Risonha haverá 50 participantes. As monitoras serão Ingrid e Jotalândia e o local será no munícípio de Santa Maria da Boa Vista, a turma se encontrará no Projeto Fulgêncio e numa área que poderá ser atingida pela Barragem de Riacho Seco - que, caso se conclua, deve desalojar até duas mil famílias.

Entrevista do assessor de KOINONIA, Jorge Atilio, no Conexões Futura

Você pode assistir no Youtube a entrevista concedida por Jorge Atilio Silva Iulianelli, concedida dia 17 de setembro de 2010, no Youtube. Basta escrever em procurar: Conexões Futura 17/09/2010 Entrada 1 e Entrada 2. O link para a entrada 2 é:

28 de setembro de 2010

1ª etapa na Tapera aconteceu 25 e 25 de setembro

Curso de Agentes Culturais Jovens Rurais

Foi desenvolvido em São jose da tapera Alagoas Pelo Sindicato dos Trabalhadores(as) Rurais e Koinonia com a colaboração pedagogica do diretor da area de meio ambiente da Fetag, o curso foi um sucesso tivemos o envolvimento e colaboração dos ex-cursistas, juntos realizamos a 1º etapa de curso de agentes culturais jovens rurais, nos dias 25 e 26 de setembro. os monitores foram Denival e valdemir, supervisão pedagogica Thiago, colaboração Deraldo, ana claudia, mariele, ibiciane, wiliciane, Edilene, Meire, Aldir, veronica. todos (as) ja passaram por este processo formativo.
Informação de Thiago, postado no blog dele.

19 de setembro de 2010

Tem mais crianças trabalhando na agricultura, no Brasil também

Maior parte das crianças trabalhadoras está na agricultura, diz OIT

Tatiana Félix *

Adital -
Apesar de os governos e organizações em todo o mundo trabalharem pela erradicação do trabalho infantil, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), através da "Declaração da OIT sobre os princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento", mostrou que este tipo de exploração ainda acontece com grande intensidade em vários países.

Segundo a OIT, existem cerca de 217,7 milhões de crianças, com idade entre cinco e sete anos, envolvidas no trabalho infantil no mundo inteiro, sendo que mais da metade delas se encontram em condições perigosas de trabalho.

No topo da lista de continentes e regiões que apresentam maior volume de crianças trabalhando está a Ásia e o Pacífico, com mais de 122 milhões de menores sendo explorados no mercado de trabalho. Em último lugar aparece a América Latina e Caribe com 5,7 milhões de crianças trabalhadoras.

O estudo revelou ainda que o segmento que mais utiliza a mão de obra infantil é o agrícola, onde é registrada a presença de 69% das crianças que trabalham no mundo. Outros 22% estão no setor de serviços e 9% na indústria.

Muitas crianças latino-americanas se encontram ocupadas no setor agrícola e no setor de serviços. Em Belize, 65% do total de crianças trabalhadoras estão na agricultura e 27,8% no setor de serviços. Enquanto a Nicarágua tem 58,7% e 30,9%; Brasil tem 58,7% e 33,5%, El Salvador 53,2% e 30,7%, Panamá 66,1% e 31,2%, Honduras 59,1% e 28,5%, e a Guatemala têm 62,6% das crianças atuando na agricultura e 23,4% nos serviços.

É importante destacar o perigo das atividades agrícolas para crianças, uma vez que este serviço envolve o manuseio de ferramentas afiadas, máquinas elétricas e o uso de substâncias químicas, como fertilizantes e pesticidas.

Segundo análise da OIT, as intensas atividades domésticas afetam a vida de crianças e adolescentes da mesma maneira que outros tipos de trabalho. E é exatamente o trabalho doméstico que consome boa parte do tempo dos menores de 14 anos em diversos países da América Latina, como é o caso da Nicarágua, que tem 92,9% das crianças entre cinco e 14 anos envolvidas nos serviços domésticos. Em Honduras o percentual é 79,8%, na Colômbia, 72,1%, em Belize 68,2%, no Panamá 65,2% e El Salvador 62,3%.

Na América Latina, a maioria das crianças está trabalhando para ajudar suas famílias e não recebem nenhuma remuneração pelo trabalho. As meninas acabam sendo as mais prejudicadas, já que constituem a população mais vulnerável, devido às normas patriarcais, sociais e culturais ainda predominantes na região.

Pior forma de trabalho infantil

Entre as piores formas de trabalho infantil estão: exploração sexual comercial, tráfico de meninas e meninos para trabalho ou exploração sexual, uso de crianças em conflitos armados e o uso de crianças no comércio de drogas. Vale salientar a dificuldade em se combater o envolvimento dos menores nessas atividades, já que elas estão ligadas ao crime organizado.

Para tentar transformar essa realidade, o Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil- IPEC, da OIT, está desenvolvendo um modelo de intervenção específico para essa situação. O IPEC promove a erradicação do trabalho infantil na agenda de integração econômica regional latino-americana, assim como nas declarações e acordos regionais.

A sensibilização para as questões ligadas ao trabalho infantil nas políticas e programas governamentais na América Latina, especialmente aqueles relacionados à erradicação da pobreza e educação, tem sido e continuarão sendo um foco importante do trabalho do IPEC.

Fonte: www.adital.com.br

Marcha Global contra o trabalho infantil e em favor da educação das crianças e adolescentes

Marcha Global pede inclusão da erradicação de trabalho infantil nos ODMs

Karol Assunção *

Adital -
Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelam que cerca de 215 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo realizam atividades laborais. Para a Marcha Global contra o Trabalho Infantil, a exploração laboral de crianças e adolescentes representa um obstáculo para a conquista dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs). É pensando nisso que a Marcha aproveita a Cúpula dos ODMs para demandar das Nações Unidas e dos chefes de Estado mais atenção no combate ao trabalho infantil.

A ideia é, no marco das atividades da Cúpula, entregar uma petição ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) solicitando mais visibilidade para a questão do trabalho infantil nas discussões do evento. Para isso, a Marcha pede o estabelecimento dos indicadores de trabalho infantil para cada um dos ODMs e a incorporação da erradicação da exploração laboral de crianças e adolescentes nos Objetivos do Milênio.

"A existência constante do trabalho infantil constitui um obstáculo para a conquista dos ODMs e, sem conquistar os ODMs, não se pode erradicar o trabalho infantil. Os objetivos de desenvolvimento para conquistar os ODMs e erradicar e prevenir o trabalho infantil estão intimamente ligados e, apesar disso, o trabalho infantil segue sendo um nono ODM invisível", alerta a Marcha.

Outras demandas são: a assinatura de recursos adequados para erradicar e prevenir todas as formas de trabalho infantil; o fortalecimento dos programas de desenvolvimento; e a vinculação do processo de monitoramento e revisão dos ODMs com o Plano de Ação para conseguir a erradicação das piores formas de trabalho infantil para 2016.

"Ainda que não esteja mencionado explicitamente nos oito Objetivos, a erradicação do trabalho infantil é, no entanto, tão crítica quanto os outros e vai para lá dos temas de todos eles. Enquanto milhões de meninos e meninas se veem obrigados pela pobreza e outras circunstâncias a situações de trabalho explorador, então o número daqueles que estão fora da escola seguirá crescendo", considera.

Cúpula dos ODMs

Entre os dias 20 e 22 de setembro, representantes de Estados Membros da ONU estarão em Nova Iorque, Estados Unidos, para a Reunião Plenária de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

Convocado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o encontro terá o objetivo de acelerar os avanços para a conquista dos ODMs até 2015. "Nosso desafio atual é acordar uma agenda de medidas para conquistar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio", disse.

A Cúpula consistirá em seis reuniões plenárias, duas a cada dia. Simultaneamente, acontecerão seis mesas redondas sobre os temas: "O problema da pobreza, da fome e da igualdade entre os gêneros"; "Cumprimento dos objetivos em matéria de saúde e educação"; "Promoção de desenvolvimento sustentável"; "Questões incipientes e evolução dos enfoques"; "Atenção às necessidades especiais dos mais vulneráveis"; e "Ampliação e fortalecimento das associações de colaboração".

Para assinar a petição da Marcha Global contra o Trabalho Infantil, acesse:http://www.globalmarch.org/


FONTE: www.adital.org.br

14 de setembro de 2010

Curso de Formação de agentes culturais, em Delmiro, 2010

Jovens da PJ de Delmiro conduzem o curso de agentes culturais - A próxima turma, em continuidade ao processo de formação municipalizada, terá início nos dias 9 e 10 de outubro. O curso será realizado nas comunidades Lameirão e Malhada. A novidade deste ano é a participação de jovens evangélicos.

Fonte: Maria Guerra, 14 de setembro de 2010.

Festa da Colheita, Coppabacs, Delmiro, 2010

CONVITE

Companheiros e companheiras

A COPPABACS vem por meio Deste, convidar cada agricultor e cada agricultora sócia dos Bancos Comunitários de Sementes e cooperados e parceiros da coppabacs, a participar de mais uma FESTA DA COLHEITA. Estaremos comemorando a colheita da safra de 2010 e debatendo sobre os avanços e desafios enfrentados neste último ano.

A festa da colheita já é uma festa tradicional dos bancos de sementes, é nela que reencontramos os amigos e fazemos novos, trocamos sementes, informações entre outras coisas que partilhamos.

Sua Participação é de fundamental importância, não deixe de participar, tragam os jovens, as crianças, a esposa o esposo, afinal esta é uma festa da família coppabacs.

Lembrando que a festa é um momento de partilha, com inicio as 9hs da manha com a celebração as 12 a tradicional feijoada encerrado com um forro Pé de serra e a banda galopear.

venha nos prestigiar, Esperamos por você.

LOCAL: DELMIRO GOUVEIA – COPPABACS

DATA: 19/09/2010

HORÁRIO: 09: 00 AS 17: 00

Delmiro Gouveia, AL, 04 de agosto de 2010.

13 de setembro de 2010

Sintia Verônica, informa, sobre o curso em Rodelas, Bahia

O curso de formação de jovens rurais agentes culturais acontecerá em Rodelas, o início, primeiro módulo, será nos dias 25 e 26 de setembro de 2010. Segundo Síntia, esta informação foi transmitida por Agnes, jovem monitora daquela cidade.

Ações do governo federal no Território de Itaparica em 2010

Ações do Governo Federal 2010

Matriz Federal de Ações

Este conjunto de ações está sendo executado pelo Governo Federal neste Território em 2010.

Total para este território: R$ 169.337.318,26

Total de ações: 105

direitos e desenvolvimento social