20 de dezembro de 2007

Transposição, Imposição, Indignação...

Historicamente grandes projetos, de interesses capitalistas são construídos em nome dos pobres, os mesmos sempre alheios.
Temos um grande projeto para levar água para 12 milhões de pessoas, um canal, cabe a nossa reflexão: sua função é levar água para quem?
É para o povo pobre ou criação de grandes projetos de irrigação, carcinocultura, plantação de cana de açúcar...
Na verdade é para atender aos latifúndios daquela região, que já estão comprando as terras dos pequenos produtores onde o canal vai passar.
Nas diversas construções das usinas hidrelétricas na região há um déficit com a população ribeirinha, que foi expulsa de suas terras, e até hoje a conquista de Itaparica (Reassentamento) não foi concluído, imagine a transposição.

O que está em questão não é negar água para quem tem sede, mas, existem alternativas de convivência com o semi-árido, o trabalho das nossas entidades aqui do Sub-Medio e do Baixo São Francisco são voltadas para o desenvolvimento sustentável, além do desrespeito com o povo ribeirinho, que conhece melhor que ninguém a devastação que há por aqui. Revitalizar é preciso, transpor não é a solução.

É a imposição como este projeto tem-se dado, não considerando as diversas mobilizações da população da região, do país e até do mundo, a voz do povo está sendo sufocada, dando lugar ao poder econômico. Onde está a democracia?O governo popular?Até quando será preciso usar o nome da população para intensificar a exclusão?

A ação de Dom Luiz Cappio, é uma ação de todos e todas nós, e o que estamos fazendo para apóiá-lo na greve de fome?Será preciso a morte de uma vida para denunciar tantas vidas mortas pelo sistema? Espero que não chegue a esse ponto. Acreditar que é preciso todas e todos juntemo-nos nessa corrente de solidariedade contra a violência que é o projeto de transposição e pela vida do rio, e de Frei Luiz Cappio.

Vânia Tatiane.

11 de dezembro de 2007

Encontro sobre a Cultura da Banana - Em Abaré (BA)

No dia 25 de outubro, deste ano, aconteceu no projeto Pedra Branca, no município de Abaré (BA), o primeiro dia sobre cultura da banana. E a Florimel teve participação efetiva no processo preparando um lanche só com receitas de banana. As receitas de bolos, tortas entre outras delícias.

Na ocasião estávamos expondo também o nosso artesanato de fibra da bananeira, que não poderia faltar. Foi um excelente evento que contou com a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco), Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), a ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural), EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S/A), Cooperativas e Associações.







Jerson Jose de Souza.


Jovem rural representante legal da florimel-associação de jovens do projeto pedra Branca - Abaré (BA)

Artesanato em Pedra Branca


Trabalho de artesanato feito pela Florimel, do projeto pedra branca em Curaçá (BA). Mostrando o empreendedorismo rural e os direitos da mulher sendo revistos.






Jerson Jose de Souza.


Jovem rural representante legal da florimel-associação de jovens do projeto pedra Branca - Abaré (BA)

9 de dezembro de 2007

Charles, Barra do Tarrachil e o final da Jornada Ecumênica da Juventude do Nordeste

A Jornada está sendo bastante produtiva... Boa metodologia aplicada. Os jovens estão bastante interessados, bastante animados e têm clareza que não vai ficar só nessa reunião, vai ter bastante repercussão nas nossas comunidades.

Gincana Cultural "Preconceito"

Durante o processo de planejamento para fazermos uma atividade cultural da segunda etapa do Curso de Formação de Agentes Culturais (o curso foi realizado em Petrolândia e Paulo Afonso, 1a. etapa, 27-29 julho 2007; 2a. 25-27 setembro 2007; 3a. 23-25 novembro 2007), os cursistas Maria Margarida da Conceicão, Laíse Fonseca de Souza e Wanderson Neves Pessoa, do Grupo No Limite, de Barra do Tarrachil criaram a atividade da Gincana Cultural.

Na preparação conseguiram realizar as atividades com bom desempenho, planejamentos das atividades para a Gincana e formamos a comissão de organização da gincana. Como todo projeto tem seus desafios o nosso também teve. Tínhamos marcado o evento para 28 de outubro, porém por outros compromissos teve que ser adiado. Remarcamos para o dia 10 de novembro de 2007. Ela aconteceu com grande sucesso, no Clube Recreativo Barra do Tarrachil.

Esse projeto foi feito "dois em um": uma palestra sobre preconceitos e a gincana com várias tarefas. três dias antes tivemos que reorganizar tudo. Não havia equipes suficientes para participar de todas as atividades planejadas, e nem por isso desistimos. Reorganizamos as atividades e as fizemos totalmente diferentes. Para a palestra foram convidados cinco palestrantes, mas pelo fato de não poderem comparecer todos, no dia foram apenas dois dos palestrantes: Profa. Raliete Maria Gomes Fonseca de Souza e o Presidente do STTR de Chorrochó Gilberto Gomes Ramos (Tiba).

Os preconceitos abordados foram aquele contra pessoas especiais; racial e contra o agricultor. Esses preconceitos mostraram a realidade da nossa comunidade. Muitos acham bonito o preconceito, não sabendo que quem é o alvo do preconceito não se sente bem, em relacão ao meio em que se encontra.

No dia da realização encontramos uma barreira, o cara do clube disse que não tínhamos autorização para realizar as atividades. Como estávamos com o ofício em mãos, mostramos a ele - e aí, ele teve que ceder o clube. Fizemos as nossas atividades da Gincana: músicas sobre preconceito com o agricultor; peças teatrais; etc. Numa das peças teatrais um homem se colocou no lugar de um homossexual, para saber como se sente uma pessoa discriminada pelo sexo. Houve também a participaçào de um Grupo de Jovens de "São José"(povoado do município de Chorrochó, onde mora Jéssica, que é do Coletivo de Jovens do Pólo).

Esse evento contou com o apoio do Grupo Jovem No Limite, de Barra do Tarrachil, que lutou juntamente com os cursista para o projeto ser realizado com êxito; também esteve presente em todas as reuniões de preparação do evento o Coletivo de Jovens de Barra do Tarrachil. Participaram da Gincana Cultural 40 jovens. Os jurados das atividades foram: Raniere, que foi monitor do Curso de Formaçào de Agentes Culturais; Síntia, Secretária de Mulheres e Jovens do Pólo Sindical das Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais do Submédio São Francisco e Hilda, representando outros ex-cursistas.

Wandeson Neves Pessoa e Aurélio Charles Chagas Pessoa

7 de dezembro de 2007

Jovens Rurais na Praia de Itapoã, Salvador, 7/12/2007

Damião Silva, Janúbia Santos e Damião Matos.


Mais um

O que achei mais interessante na viagem foi o empolgamento das pessoas, dos jovens, estava tudo querendo brigar para vir, o pessoal de lá, de Ouro Branco (AL). A viagem foi longa e cansativa. Espero que aquilo que venha a aprender recupere a viagem... Damião Matos, 25 anos, agricultor e é secretário geral do STR-Ouro Branco e o representante dos jovens, sim sinhô, só isso mesmo...

Mais uma jovem rural que está em Salvador

Estou muito salgada... Ganhei um presente, uma lenda... uma topada numa pedrinha que quase fiquei sem a minha unhinha... Cheguei muito exausta, foi muito cansativo mesmo... Foi muito divertido. Foi divertido devido as pessoas se conhecerem, a maioria, tem o pé no saco do Alex e do Jocivaldo que não deixa ninguém dormir... Deixe quieto, acabou... ai! Janúbia Santos, 20 anos - Belém do São Francisco, PE.

Chegando para a Jornada Ecumênica de Juventude do Nordeste

A vinda para a Jornada Ecumênica da Juventudede do Nordeste, Salvador 7-9 de dezembro - A vinda nào foi muito boa, por ser cansativa demais, longe... Saí de Ouro Branco 1 hora da tarde, do dia 6 de dezembro. Cheguei em Delmiro 2 e pouquinho. Demoramos até pegar o ônibus, pegamos o Real de 6 e 10 (ou 6 e 15) e fomos para Paulo Afonso. Chegamos em Paulo Afonso 7 e alguma coisa, encontramos com a galera que estava esperando a gente, o pessoal de Pernambuco, pessoal da Síntia. Era umas 7 e meia. A gente saiu de lá 9 e meia (da noite), eles nos encontraram lá no posto de gasolina em Paulo Afonso. Chegamos em Salvador 7 e 40 (da manhã), e no local do encontro já era 8 e meia (da manhã). A gente se perdeu, a gente deu uma volta na beira da praia. Minha expectativa é pegar mais conhecimento da parte pra o jovem ficar mais inserido no meio rural, o jovem sempre mais (isso é pouco)... Damião da Silva, 24 anos.

3 de dezembro de 2007

Breve notícias de encontros de jovens rurais

Até amanhã postaremos notícias de alguns encontros de jovens rurais, que também são contribuições como Conferências Livres para a CNPPJ (que será em abril 2008). Fique de olho!

30 de novembro de 2007

O mundo da nova geração

Caríssimos colegas vocês são realmente de uma enorme importância, acredito plenamente que na vida não a facilidades, mais com a esplendorosa alegria que contagia o saber de que temos Deus no coração e na alma faz com que possamos enxergar novos horizontes, somos beneficiados com o dom de nascer sempre todos os dias, é necessário entender qual é a nossa missão na terra quais os caminhos que devemos percorrer, dessa forma ir desenhando nosso caminho apartir do alto conhecimento e do estudo das relações de convivência do ser humano e da natureza, porque o que uma pessoa se torna ao longo da vida depende de duas coisas: das oportunidades que teve e das escolhas que fez, dizem alguns que a terra é uma espaçonave e o homem os animais e as plantas são os passageiros, a diferença é, de que forma estamos interagindo e zelando dessa espaçonave, num geral se fomos analisar estamos destruindo nosso lar e ainda falamos em futuro e em nova geração, será que haverá um lar de sobrevivência para a nova geração, como vemos dependera exclusivamente das nossas ações daqui para frente, é preciso assegurar a chamada mudança de princípios educacionais apartir de uma política educacional voltada para os valores humanos, culturais, históricos e regionais locais, é realmente fazer uma revolução de todos os valores passados hoje pela educação formal, analisando se a mesma esta preparando cidadãos ou maquinas, que tem apenas valor de consumo e não de produção conhecimento para sua sobrevivência pos- escola, esse quadro é mais visto nas escolas do campo, é muito raro um jovem se formar e em seguida não sonhar com a vida na cidade grande, temos que entender que educação é essa que quebra os laços culturais de produção agrícola criados pela família e seduz o jovem para uma realidade que não faz parte de seu contexto, a política governamental de educação é muito capitalista coloca sempre o dinheiro acima de tudo, o retrato desse modelo de educação é que hoje em dia é mais importante para as Pessoas ter Dinheiro do que formar uma família, a família ta sempre em segundo plano, o convite que te faço é simples analise tudo que você leu e se pergunte, é condizente com o mundo de hoje ou são apenas palavras sem relevância, a depender de sua postura você esta convidado a tomar uma atitude de mudar parte desse quadro social e educacional, comece dando mais valor a família, conheça bem o potencial de sua comunidade e de sua região, conheça a historia da comunidade e da região e conheça seus limites como pessoa e ate onde você pode evoluir, reclame menos do gestor publico e faça sua parte como cidadão, deixe o individualismo de lado e estude o que é socialismo, ame sua terra e defenda com unhas e dentes analisem tudo sempre apartir do potencial porque quando conhecemos o potencial podemos solucionar um problema, deixe para seus filhos e netos um mundo em que os valores humanos sejam os primeiros passos para a sobrevivência com dignidade humana. Esta lançada à proposta agora faça sua escolha.
Somos o que somos pela forma que agimos e a cada decisão que tomamos trilhamos o nosso destino.
Jerson Jose de Souza jovem rural do projeto pedra branca- Abare-Ba



Essa são fotos de jovens empreendedores, organizados em associação, nossa visão de futuro é tornar o projeto pedra branca um pólo de artesanato com a fibra da bananeira, ser referencia em agroecologia, também se tornar apicultores com potencial de mercado, objetivando a auto sustentabilidade das famílias, não podemos esperar que nos dêem oportunidades, precisamos criar nossas próprias oportunidades, e para que isso aconteça e necessário conhecer o seu potencial ou sua habilidade, o potencial se sua região, ter visão associativista e esquecer de vez o individualismo, focando principalmente os valores humanos e pensando o seguinte, o dinheiro é só conseqüência de um trabalho bem planejado respeitando o meio ambiente e todos que fazem parte desse meio. Com essa visão todos os empreendimentos da juventude rural terão o sucesso desejado. Amo ser jovem rural e acredito plenamente nos valores associativistas como saída para todas as dificuldades enfrentadas no meio rural
Palavras de Jerson Jose de Souza 22 anos representante legal da florimel-associação agropecuária e artesanal do município de Abare/Curaçá-Ba composta por jovens rurais. Projeto pedra branca AG. 18 casa 07 venha nos visitar teremos prazer em recebê-lo. Um abraço a todos jovens rurais do Brasil.
Projeto Pedra Branca Agrovila 18 Abaré Bahia, Email- jersonabaré@hotmail.com

Visão de futuro vida planejada

Caros amigos e amigas jovens rurais, nessa data tão importante que marca mais um encontro de batalhas e vitórias ressaltamos a força do trabalho social, do saber coletivo e do potencial do jovem rural, que ao longo dos tempos vive se escondendo da sociedade sendo visto por todos como uma pessoa que só trás problemas para a família, quando esta em casa o pai reclama que não faz nada, quando esta na rua a família fica preocupada, porque a rua e perigosa, então vêm à pergunta qual e o real lugar do jovem dentro da sociedade, quais os seus direitos e deveres como cidadão. Na verdade essa e uma pergunta que nos deixa muito preocupados, se fomos analisar a estória da educação no Brasil somos cada vês mais induzidos a não conhecer os nossos limites o nosso potencial, estão sempre dizendo o que temos que fazer nunca perguntam do que somos capazes, e na verdade o que precisamos é abrir os olhos para a nossa realidade e buscar princípios de conhecimento ou seja, pesquisar em nosso entorno, ver quais atividades podem ser desenvolvidas e ver também qual a importância da família nesse contexto. Análise junto comigo, na educação da escola você aprende apenas o que o professor te ensina e quando aprende, você vai estudar um livro feito lá em Brasília ou em outra capital que na verdade não tem muito a ver com sua realidade, o que é que acontece, nesse livro tem muita coisa sobre cidade grande e pouco sobre o campo ai quando o jovem se forma esquece suas raízes e quer ir para cidade, porque foi colocado na sua mente que só na cidade existem alternativas de vida, o que não é verdade o que precisamos é descobrir quais os projetos que podem ser desenvolvidos dentro da nossa realidade local, deixar de ser apenas jovens e ser empreendedores lutar por políticas publicas que beneficiem a grupos de pessoas, mas para que isso aconteça precisamos deixar o individualismo de lado e buscar conhecimento, promover a união entre as pessoas da comunidade, e discutir os problemas conjuntamente. Outra necessidade para realização do desenvolvimento local e capital, só que não o que você esta pensando e sim o capital humano, o fortalecimento da juventude rural amando sua terra defendendo sua cultura seus costumes e tradições.
Porque Só ligando as famílias, escolas e agricultura a realidade local, pode-se fazer desenvolvimento rural sustentável.

Jerson Jose de Souza.

Jovem rural representante legal da florimel-associação de jovens do projeto pedra Branca-Abaré (BA)

22 de novembro de 2007

Conferência Nacional de Políticas Públicas para a Juventude, abril 2008

Gente, é bom ficar atento às programações municipais e estaduais de construção da Conferência nacional de políticas públicas para a juventude. Ela acontecerá no ano de 2008, no mês de abril. É possível participar do processo, também, realizando Conferências Livres. Vejam no site da secretaria nacional de juventude (www.juventude.gov.br) maiores informações.
Jorge Atilio, KOINONIA

Depoimento de Weidja Rozidália, de Itacuruba, 22 de novembro de 2007

Na verdade, neste momento, estou dedicando minha vida nos estudos. Penso construir um futuro para ensinar as crianças de filhos de assentados e crescer a educaçaõ do campo, com firmeza e levantar a poeira de uma forma mais prática e tentar subir os objetivos da nossa terra...
A minha vida antes era buscar mais opção de entender na agriultura familiar, na verdade não sabia o que era agricultura e porque meus pais foram agricultores. Mas, a minha vida sempre foi vivida na escola e procurando o melhor na vida. Eu acho que quero um objetivo de crescer com a educação, na formação de levar a vida no mundo de enriquecer a cultura brasileira e promover a experiência de qualidade para a cidadania ... eu estou cursando a faculdade de pedagogia da terra.

Secretario da Rede de jovens da América Latina saúda o Palavra de Jovem Rural

Quiero felicitar a los promotores de Palabra de Joven Rural por ser un espacio para experesar, para mantener informada a la comunidad sobre las accione sy las oportunidades existente. Hay pocas experiencias en internet que sea de jóvenes rurales para jóvenes rurales, desde RELAJUR (www.iica.org.uy/redlat) los alentamos a seguir colaborando en la visualización de la juventud rural....
daniel_espindola@hotmail.com diz:
H. Daniel Espíndola, Secretario Técnico de la Red Latinoamericana d ejuventudes Rurales-RELAJUR

Quero felicitar aos promotores do Palavra de Jovem Rural por ser um espaço para expressar, param manter informada à comunidade sobre as ações e as oportunidades existentes. Existem poucas experiências na Internet que sejam de jovens rurais, a partir da Rede Latino-americana de juventude rural (www.iica.org.uy/redlat) lhes estimulamos a permanecer cooperando com a visualização da juventude rural.

Agradecimento de Jocivaldo, enviado em 22/1/007

De: "jocivaldocruz" Data: Thu, 22 Nov 2007 13:02:04 -0200Para: "trd" Assunto: Agradecimento
Prezados(as) Colegas da KOINONIA.
diante de tanta "sirimunha" (cerimônia) que tive durante esses meses que sucederam minha viagem, junto com a queridíssima Tatiane, não agradeci a oportunidade que nos foi dada para a socialização da pesqueisa Ação Juvenis para Superação da Violencia na Região do São Francisco. Por não saber o que escrever, procurando palavra, mas o que realmente tenho de admirável é a simplicidade, por isso vão estas palavras mesmo. O período de 15 a 22 de maio de 2007 no Rio de Janeiro significou para mim uma oportunidade única, o momento foi importante para trocar experiências com várias e diferentes culturas, o que dizer, por exemplo, da intregação que tivemos com a comunidade Quilombolas; o encontro com jovens ex- traficante da favela da Maré entre outros, só quem estava lá é que sabe. Por isso, como um ex- participante do coletivo e representante de todos os pesquisadores fico muito agradecido pela oportunidade, e fico aqui a disposição para colaborar seja no que for, que vá ajudar na costrução de um município, região e até um país melhor e com mais oportunidade para todos.
Um forte abraço e que Deus proteja a todos vocês.
JOCIVALDO

12 de novembro de 2007

Observações e idéias...

Passarei a contar faz é a mais pura e realidade do jovem camponês rural sertanejo. O que pude relatar é que a maioria dos jovens, em suas comunidades, se sente aprisionado e não é em cadeia mas as circunstânciadas em que eles se encontram atualmente. O jovem, de certa forma, pensa no melhor não só pra ele e sim também pra sua comunidade, seu municipio, seu estado, seu país e até para o mundo!

Calma! Calma!

A dura e cruel realidade, desses jovens, é a falta de comunicação e de interagir com outros jovens. Os próprios jovens nos lugares onde andei e o sentimento de culpa. Apesar de não ser ser culpado, mas por não encontrar força para alimentar aqueles jovens. É duro! Você jovem com tanto talentos disperdiçados e por não ter quem acredite neles. Isto tem que muda!

Fui na cidade de Itacuruba (PE) e tive a oportunidade de falar e conhecer alguns jovens. Em uma conversa, que foi muito interessante, uns jovens falavam dos anseios, sonhos e realizações. A jovem, que atende por nome de Wêdja, falava que a comunidade estava um pouco sólida - ou seja faltava algo que complementasse o solo. E assim outros jovens colocaram as mesmas dificuldades.

Um problema, chamou atenção, foi a questão dos jovens estarem, cada vez mais, envolvidos com bebidas alcoólicas. É grande o número de jovens que consomem alcool. E, creio juntamente com KOINONIA, podemos fazer alguma coisa para mudar este quadro. Pois não é um dever nosso, mas termos que dar a nossa contribuição.

Em outra cidade, em Floresta (PE), a situação não é diferente. O jovem passa pela mesma coisa! Não é facil a situação daqueles e não pude ter muitas informação, pois os mesmos dali pouco caso da juventude. Quando o propósito é juventude e Movimento não dá ânimo, alegria e muito menos entusiamos. É preucupante o que se pensa sobre o jovem, naquela localidade. Precisamos de incentivar a organização dos jovens e, principalmente, pessoas que acreditem em nosso potencial.

Precisamos de todo apoio possivel! Algo deve ser feito e urgentemente! Já! Agora!

Calma calma!

Tenho muito que contar! No momento falarei apenas dessas duas cidades em que passei uns oito dias fazendo pesquisa e observando a realidadedos jovens. É um alarmante, pois nunca em toda minha vida ouvi tantos depoimento chocantes e preocupantes! Precisamos fazer algo por estes jovens! Vamos nos mobilizar na busca de melhoria e mecanismos que possamos interagir de modo prática e eficaz!

Carlos André

Jovem rural do município de Santa Maria da Boa Vista (PE)

5 de novembro de 2007

Jovem Rural desempregada

Tenho medo do futuro da minha família ambos trabalhadores rurais, em uma área de sequereiro. Desde a minha infância que tenho um sonho de um mundo melhor dentro da nossa realidade e não quero ser uma para-rural, morando na periferia da cidade. Gostaria de retirar a minha renda, o meu sustento, da própria propriedade ou trabalhar sem perder o meu vinculo.
Hoje vivo esta realidade. O meu pai, o Sr. Manoel Rodrigues, esta com o projeto via BNB, para a construção de um poço artesiano e através deste projeto tenho a esperança de que nossas vidas vão mudar. Estou no 4º ano do magistério.

Próxima a propriedade dos meus pais tem uma outra propriedade que possui uma escola. O meu sonho é que possa ensinar as crianças ou alfabetizar adultos. A vida de jovem rural sem emprego não é fácil, mas o mais difícil é a falta da água. Temos coragem de cultivar, plantar na terra, mas a água é escassa. Quando chove e açude pega água plantamos o feijão, milho, melancia, hortaliças para o consumo e venda na feira livre.

Não entendemos como nos que moramos tão próximo do rio São Francisco não temos água e governo defini levar água para tão longe, enquanto, aqui, nós nos encontramos nessa situação e ainda dependendo do carro pipa.

Janubia dos Santos
Trabalhadora Rural, feliz por ser quem sou. Tenho orgulho da minha origem.

Jovem Rural do município de Belém do São Francisco (PE)

31 de outubro de 2007

Visão de futuro vida planejada

Caros amigos e amigas jovens rurais,

Nessa data tão importante que marca mais um encontro de batalhas e vitórias ressaltamos a força do trabalho social, do saber coletivo e do potencial do jovem rural, que ao longo dos tempos vive se escondendo da sociedade sendo visto por todos como uma pessoa que só trás problemas para a família, quando esta em casa o pai reclama que não faz nada, quando esta na rua a família fica preocupada, porque a rua e perigosa, então vêm à pergunta qual e o real lugar do jovem dentro da sociedade, quais os seus direitos e deveres como cidadão. Na verdade essa e uma pergunta que nos deixa muito preocupados, se fomos analisar a estória da educação no Brasil somos cada vês mais induzidos a não conhecer os nossos limites o nosso potencial, estão sempre dizendo o que temos que fazer nunca perguntam do que somos capazes, e na verdade o que precisamos é abrir os olhos para a nossa realidade e buscar princípios de conhecimento ou seja, pesquisar em nosso entorno, ver quais atividades podem ser desenvolvidas e ver também qual a importância da família nesse contexto. Análise junto comigo, na educação da escola você aprende apenas o que o professor te ensina e quando aprende, você vai estudar um livro feito lá em Brasília ou em outra capital que na verdade não tem muito a ver com sua realidade, o que é que acontece, nesse livro tem muita coisa sobre cidade grande e pouco sobre o campo ai quando o jovem se forma esquece suas raízes e quer ir para cidade, porque foi colocado na sua mente que só na cidade existem alternativas de vida, o que não é verdade o que precisamos é descobrir quais os projetos que podem ser desenvolvidos dentro da nossa realidade local, deixar de ser apenas jovens e ser empreendedores lutar por políticas publicas que beneficiem a grupos de pessoas, mas para que isso aconteça precisamos deixar o individualismo de lado e buscar conhecimento, promover a união entre as pessoas da comunidade, e discutir os problemas conjuntamente. Outra necessidade para realização do desenvolvimento local e capital, só que não o que você esta pensando e sim o capital humano, o fortalecimento da juventude rural amando sua terra defendendo sua cultura seus costumes e tradições.
Porque Só ligando as famílias, escolas e agricultura a realidade local, pode-se fazer desenvolvimento rural sustentável.

Jerson Jose de Souza
E-eletrônico: jersonabaré@hotmail.com
Jovem Rural representante legal da Florimel - Associação de Jovens do Projeto Pedra Branca. Abaré (BA)

Projeto Pedra Branca
Agrovila 18
Abaré (Bahia)

29 de outubro de 2007

Sonhos de um(a) jovem rural

Eu sou a Thamires: sou presidente de uma associação rural e digo a todos os seguinte.

Foi a melhor coisa que o governo já fez! Temos a nossa propriedade! O sonho de todo trabalhador rural e temos consciência que vamos trabalhar para pagar ao banco mas é nosso! O valor do CIC para investir é a fundo perdido não precisamos devolver e assim iniciar uma vida melhor.

Tem as burocracias, mas faz parte de um processo de aprendizagem e valorização do sonho realizado. E, todos os dias, quando acordamos agradecemos à Deus por tudo que temos conseguir em conjunto. Aqui somos 9 famílias e temos um só objetivo. Sou uma jovem muito feliz e realizada!

Thamires

Jovem Rural do município de Belém de São Francisco (PE)

23 de outubro de 2007

A importância do curso “agentes culturais” na vida e aprendizagem dos jovens sertanejos

Em 1997 comecei minha caminhada no Movimento Sindical no departamento de jovens do Pólo Sindical e no ano 2004 fiz o curso de Agentes Culturais. Era tudo novo e, naquela época do curso tive um pouco, tive de dificuldades em realizar a atividade cultural em meu município Barra do Tarrachil/Chorrochó-BA. A atividade cultural é planejada durante o curso e deve ser realizada até a terceira etapa.

Mas não desiste e consegui fazer a atividade. Lembro até hoje qual tema discutimos no municipio foi sobre sindicalismo oque é o sindicato,pra que serve lembro que levamos a direção do sindicato quase completa para essa reunião para debater a importância do sindicato.

Fiquei um pouco aflita com medo que o público não viesse, mas fiquei surpresa! Estavam na reunião quase 40 pessoas. A reunião era sobre sindicalismo e foi feita realizada no Centro Popular do município. E para mim foi uma vitória!

Hoje estou na secretaria de mulher e Jovem do Pólo Sindical. Posso de dizer que estou aqui é por que o curso de agentes culturais. O curso tem uma parcela de contribuição muito importante nesse processo.

Depois do curso participei do Coletivo de Jovens, do Pólo Sindical, representando o município. E depois fui para a direção do PT para a pasta da Secretaria de Mulheres e Jovens. E depois para a direção do sindicato de Chorrochó (BA) e atualmente estou na Secretaria de Mulheres e Jovens do Pólo Sindical.

Atualmente acompanho as turmas, desde o ano passado, e vejo que o curso abriu muitas portas. Um exemplo é que na turma de 2006 a jovem Tati Rodrigues, do município de Jatobá (PE), após o curso está trabalhando no sindicato do município. Isso mostra a importância desse curso na vida dessas pessoas.

Fico muito feliz quanto à parceria Pólo Sindical PE/BA e Koinonia que além dos jovens são os grandes responsáveis por está contribuição de mudança ara esses jovens nordestinos.

Sintia Verônica

Secretaria de Mulheres e Jovens do Pólo Sindical dos Trabalhadores Rurais do Submédio São Francisco PE/BA.

Jovem rural do município de Chorrochó (BA)

22 de outubro de 2007

A Gente se Acostuma, mas não devia.

Há dez anos, no dia 16 de Outubro de 1997 morria ás 22 horas, no Hospital das Clínicas de Recife o líder sindicalista Fulgêncio Manuel da Silva, vitima de uma emboscada arquitetada pelo narcotráfico que utilizou um menor na época com 17 anos para disparar o revolver assassino.

Conheci “seu Fulgêncio”, em 1991 quando vim trabalhar no Pólo Sindical, desde o inicio senti por ele uma grande admiração e respeito. Foi ele que me levou para dentro do Projeto, naquela época, Caraíbas, para lá trabalhar. A agrovila 43 passou a ser “meu quartel general”, ficava semanas inteiras na casa de dona Zefinha (sua irmã) e seu José Lima, juntos trabalhávamos nas agrovilas incentivando os/as reassentados/as a lutarem por suas terras e seus direitos. E com ele fui aprendendo muitas coisas e vendo meu respeito e admiração aumentar. Quando seu Fulgêncio foi baleado eu estava no projeto Pedra Branca. Ainda acreditei e esperei por um “milagre”, mas, o milagre não veio. Através de Assueres, recebi a noticia da sua morte. Partilhando da dor com seus familiares, chorei abraçada a dona Elisa e experimentei um sentimento nunca antes experimentado de dor, revolta, ódio, impotência.

Estive fora do Pólo de 1998 á 2003, quando então voltei a trabalhar com os reassentados/as,mas, muitas coisas haviam mudado, não sei explicar bem, havia e há uma desesperança enraizada nas pessoas, em algum momento se perdeu a visão do coletivo, o que está prevalecendo são os interesses particulares, as disputas internas...

Tem uma crônica de uma escritora chamada Maria Colasanti que fala assim; “A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá”. Isto esta acontecendo com nós? Ou fomos todos tomados por um sentimento de revolta contra os/as próprios/as companheiros/as? Se estivermos acostumando, será que não estamos “acostumando” demais? Encolhendo nossa capacidade de indignação ética ao escolher o silêncio cansado e cúmplice, diante da demora da CHESF e CODEVASF na conclusão dos projetos? Ou diante das atitudes nem sempre elogiáveis dos políticos que elegemos e voltando nossas “baterias” aos inimigos errados? Será que em vez de desmoralizar o movimento sindical, não deveríamos juntar nossas forças ao menos por respeito a quem deu a vida por esses projetos e por essa luta?

Como estaria agindo seu Fulgêncio se ainda estivesse entre nós? Quantos de nós vamos lembrar dos dez anos de sua morte? Pelo muito do carinho e respeito que guardo pelo seu Fulgêncio, eu Creusa Lopes, estou fazendo esta homenagem solidária e solitária aos 10 anos de morte de seu Fulgêncio, e aproveito para convocar e desafiar você que me leu até aqui, a não se acostumar, a fingir que não viu ou não entendeu, ou fazer de conta que não dói tanto assim, senão a responsabilidade recua, a coragem diminui, o desalento impera, e a gente continua fingindo ou arrumando desculpas das mais diversas para continuar enganando a nós mesmo, que nossa consciência esta tranqüila, e a cabeça no travesseiro será imediatamente seguida do sono que não tem porque não vir. Que de onde estiver seu Fulgêncio estenda à sombra do seu inesquecível chapéu sobre todas/os nós, e que bem lá no fundo de nossa consciência possamos ouvir uma vozinha dizendo; VOCÊ ESTÁ SE ACOSTUMANDO, MAS NÃO DEVIA...

Petrolândia, 10 de outubro de 2007.
Creusa Lopes

Poema Victor Hugo

Poema enviado por um jovem de Glória para o blog.
Abraços, PJR

"Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.

Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,

Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga 'Isso é meu',
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar".

20 de agosto de 2007

Versos, em 04/08/2007.

Meus amigos, aqui presente, quero já me apresentar. Meu nome é André e a cidade que vou falar é da Boa Vista, com certeza, vocês todos vão lembrar.

O trabalho é bonito, mas não posso demorar. Da pesquisa pra vocês meus colegas vão contar. É um trabalho bonito, só vem nos ajudar. É preciso que você fique atento a escutar. Foram muitos ajudantes e estes nomes vou citar. Cailene e Alex vão aqui se apresentar e não esquecendo de Thiago, de Alagoas, para falar. Raniere, meu amigo, à frente vai ficar.

Muitos jovens aqui estão, nesse livro, vão achar e cada um dos municípios tinha um jovem a pesquisar. O apoio é importante, quero já concretizar e estes nomes, aqui citados, foram nos apoiar: KOINONIA e CESE começaram acreditar, juntamente com o Pólo - a entidade popular. Este trabalho foi possível, quero aqui a mim relembrar, da força da juventude no nosso meio popular.

Daqui me despedindo, vou agora falar. Se pode comprar o livro, aproveite e compre já! Só assim você ajuda a violência superar. Obrigada a você! Vou aqui me retirar!

Carlos André da Silva (Poeta)
carlosandref@yahoo.com.br

Carlos André é do município de Santa Maria da Boa Vista (PE).

9 de agosto de 2007

Curso de Formação de Agentes Culturais em Delmiro Gouveia (AL)

No último fim de semana do mês de julho do corrente ano, aconteceu em Alagoas, na cidade de Delmiro Golveia, o curso de formação de agentes culturais fruto dá parceria de KOINONIA (Presença Ecumênica e Serviço), EQUIP (Escola Quilmobo dos Palmares) e COPPABACS (Cooperativa de Pequenos Produtores Agrícolas dos Bancos Comunitários de Sementes).

O diferente, deste curso, é que nele lança-se uma proposta de protagonismo juvenil sendo os facilitadores ou educadores popular. Jovens que passaram por um processo de formação e se assumiram como sujeitos ativos da ação.

Participaram da primeira etapa do curso, 42 jovens. E foi surpreendente a quantidade de jovens envolvidos no processo. Podemos dizer que começa, em Alagoas, um processo novo de formação social caracterizando-se como o despertar da juventude para fazer do presente a construção de um futuro melhor.

Um dia antes do inicio do curso aconteceu à reunião do coletivo jovem da região do médio e alto sertão de Alagoas. E fui aceito como membro da organização jovem promovendo assim uma heterogeneidade de origem de organizações de base tendo jovens de bancos de sementes, jovens sindicalistas, jovens de ONG´s entre outras organizações.
Nós, jovens, estamos nos organizando e ocupando nosso espaço nos movimentos sociais; sindicatos de trabalhadores rurais, cooperativas associações, articulações de movimentos, organizações territoriais, ONG´s e Igrejas. Estamos nos envolvendo nas diversas formas de organizações a nível da comunidade, município, região e estado; e participação em âmbito nacional.

Tenho certeza que assim sendo autores e atores sociais construiremos uma realidade melhor com solidariedade e sustentabilidade.

Thiago Santos Gomes

Jovem agricultor, Coordenador de Jovens do STR de São José da Tapera, Representante de Jovens do CIAT (Comissão de Implementação das Ações Territorias) no Médio Sertão, Membro da Comissão Estadual de Jovens, Jovem do Coletivo de Jovens do Médio e Alto Sertão de Alagoas; e Monitor do Curso de Agentes Culturais de Alagoas

Thiago Santos Gomes é do município de São José da Tapera

2 de agosto de 2007

Nós, mulheres sertanejas, lutando e resistindo!

Temos em nosso sertão um grande desfio que é superar as diversas desigualdades, e uma delas é a de gênero.
A concepção das relações entre homens e mulheres se deu historicamente em uma construção de relação de poder que esta impregnada na nossa cultura de forma simbólica, onde as próprias mulheres não percebem.

Ainda hoje a cultura masculina detém maior poder econômico, político, ideológico e religioso que predomina. Em nosso contexto histórico a violência contra as mulheres não é apenas física, mas também psicológica e ideológica, atinge todas as idades e sexo.

O desafio das sertanejas para superar essa realidade, não se resume em denunciar esses casos apenas, mas hoje temos a lei Maria da Penha que veio para garantir os nossos direitos e dar a proteção. É preciso criar formas de divulgar, informar, conscientizar toda sociedade e assim garantir seu o cumprimento e não ser apenas mais uma lei, infelizmente, como acontece sem efeito prático. Temos em alguns municípios, da região do Submédio São Francisco, como: Paulo Afonso - BA e Petrolina - PE as DEAM (Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher) e os Conselhos Municipais para de mulheres. Porém ainda é muito pouco para atender a demanda, mas já é um passo, o nosso primeiro passo.

Estamos tentando criar o Conselho Municipal da Mulher em Jatobá – PE. Ainda está em processo de construção e precisa da consciência das mulheres, homens e jovens; apoio e orientação. Essa proposta, deste conselho, surgiu no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher. O STR (Sindicato de Trabalhadores Rurais) do município de Jatobá lá estavam o Coletivo de Jovens do STR, Grupo de Mulheres do Município, Lideranças Femininas das comunidades, Diretora e professoras da Escola Estadual de Itaparica. Pensamos em concretizar ações, deste dia, para não ser apenas comemorativo e tentar concretizar a lei Maria da Penha.

Depende principalmente do nosso interesse, por isso como mulher e jovem digo: “Somos todas e todos capazes de contribuir para um mundo melhor sem violência para as mulheres e, em especial, as camponesas que tanto são vitimas.”

Vânia Tatiane
Jovem rural e participante do Coletivo de Jovens do Pólo Sindical e estudande do curso de Pedagogia da UNEB

Vânia Tatiane é do município de Jatobá do estado de Pernambuco

24 de julho de 2007

Formação de jovens monitores

O curso de jovens monitores contou com a presença de jovens engajados de sertão forma em movimentos nas suas comunidades; conscientes das potencialidades e de sua capacidade de transformar a realidade lá existente.

A metodologia utilizada no curso explorou bastante a capacidade e conhecimento dos participantes no sentido de que cada jovem participasse efetivamente da mesma.

A participação dos jovens foi muito importante para conclusão do trabalhando que antes tinha sido idealizado pelos assessores que de todas as formas instigavam os jovens participantes a serem sujeitos do processo.

Desde o primeiro momento percebemos que a construção de saberes coletivo era o enfoque principal, desta forma, iríamos trabalhar a identidade dos jovens rurais participantes.

Acredito que uma nova história em nossas vidas se organiza a partir deste momento em que os jovens assumem o papel de protagonistas, sendo Educadores Popular trabalhando, anunciando e resgatando ações que promovam a mudança da comunidade através de uma formação como essa que nos permite rever as experiências que vem sendo vivenciadas como projetos que vêem futuro enquanto olham para trás, e enquanto ao futuro cabe nos agir, e necessário fazê-lo agora.

Vanessa Gomes Barreto.
Jovem rural, agricultora, agente cultura e jovem ADL.

Vanessa Barreto é Ouro Branco do estado de Alagoas.

20 de julho de 2007

Preocupação de um Jovem rural

Considerada uma das maiores produtores de côco do Nordeste, a região de Itaparica, esta passando pela maior baixa de preços dos últimos dois anos. Desde do primeiro semestre de 2005 onde o preço do côco verde chegou a R$ 0,07 (Sete centavos de Real *.*.*) causando um grande prejuízo para muitos produtores.

Nos meses de junho e, neste final, de julho o preço do côco esta sendo vendido, na roça, em media por R$ 0,10 (Dez centavos de Real *.*.*) à unidade. A causa da baixa de preços é, para algumas pessoas, a queda da temperatura nas cidade que mais recebe nosso produto, como por exemplo São Paulo, Salvador, e etc.

Se é este o motivo, eu não sei ao certo, mas preocupa. Afinal pretendo investir neste plantiu e por causa da produção aqui da minha região.

Um forte abraço!
Jocivaldo Cruz

Presidente do Conselho Tutelar de Rodelas (BA)

Jocivaldo é do município de Rodelas do estado da Bahia

18 de julho de 2007

PJR: Divulgação

O blogue Palavra de Jovem Rural e o livro "Águas Juvenis no Velho Chico" estão sendo divulgados no sítio Red Latinoamerica de Juvetudes Rurales.

Confiram!!!

Link: Red Latinoamericana de Juventudes Rurales - http://www.iica.org.uy/redlat/

17 de julho de 2007

PJR link: novos links

Juventude Rural STR Apodi/RN - http://juventuderuralstr.blogspot.com/

Portal de Juventude para América Latina y karibe -
http://www.joveneslac.org/portal/

Red Latinoamericana de Juventudes Rurales - http://www.iica.org.uy/redlat/

Encontro Alagoano de Agroecologia, de 2006













Odirlan Cirilon
Jovem Rural, agricultor e Agente Cultural de Poço das Trincheiras (AL)

Odirlan Cirilo é do município de Poço das Trincheiras do estado de Alagoas.

12 de julho de 2007

Sexualidade sem preconceito

Foi realizado no dia 02 de dezembro de 2006, o primeiro festival da juventude rural, com organização e realização da Comissão de Jovens do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Rodelas e Grupo no Limite de Barra de Tarrachil do município de Chorrocho ambos do estado da Bahia.

A idéia, deste festival, surgiu porque estava em foco na região do Submédio São Francisco problemas relacionados com gravidez na adolescência, e muitos casos de DST e até alguns casos de HIV. Além disso, o preconceito na área rural com os homossexuais é muito forte e agressivo. De tal forma que de modo algum essas pessoas poderiam assumir sua sexualidade. Lembrando que todos somos seres humanos e temos que conviver sem preceitos.

O Festival levantou temas que até “ontem” eram tabus para a nossa região. Nem um jovem tinha como se expressa sobre suas dúvidas e o que estava acontecendo em seu meio e até mesmo com seu próprio corpo. Os jovens praticam sexo e não tinha informação, o festival veio pra mudar a mentalidade da juventude sobre o uso do preservativo e conhecimento de seu corpo.

Neste dia foram convidados vários municípios, mas por questão de transporte alguns municípios faltaram Mesmo assim o festival foi bastante produtivo com: palestras sobre o tema, peças teatrais, paródia e composição.

Os jovens participantes do festival escreveram uma carta para as Secretaria Municipais de Saúde dos municípios de Rodelas e Chorrochó para comunicar algumas falhas que ocorrem nos municípios e algumas propostas de melhoramento dos atendimentos nas unidades de Saúde para com os jovens com relação à saúde reprodutiva.

Frase que puxou o festival foi:
“JOVENS SE MANIFESTA COM ATOS NÃO APENAS COM PALAVRAS”

Música tema do festival:


“AMOR É PRA SEMPRE
SEXO TAMBÉM,
SEXO É DO BOM
AMOR É DO BEM,
AMOR SEM SEXO, É AMIZADE,
SEXO SEM AMOR, É VONTADE,
AMOR É UM – SEXO É DOIS,
SEXO ANTES, AMOR DEPOIS,
SEXO VEM DOS OUTROS,
E VAI EMBORA,
AMOR VEM DE NÓS, E DEMORA”


Música: “Amor e Sexo” de Rita Lee

Um abraço!!!
Jean Cleison Campos
Jovem Rural, agricultor e agente cultural de Rodelas (BA)


Jean Cleison é do município de Rodelas do estado da Bahia

Festival de Sexualidade. Ação Cultural de 2006, dos jovns de Rodelas e Barra do Tarrachil do estado da Bahia







Ação Cultural de Rodelas e Barra do Tarrachil do estado da Bahia realizada
pelos Jovens Rurais Agentes Culturais dos municípios.
Veja mais fotos aqui
Jean Cleison
Jovem Rural, agricultor e agente cultural de Rodelas (BA)
Jean Cleison é do município de Rodelas do estado da Bahia

5 de julho de 2007

Forró: Cantos e Encantos de um povo

Ritmo caliente tipicamente nordestino e hoje apreciado por dez entre dez brasileiros, o forró vem ganhando forças no cenário nacional e até internacional devido a sua valorização regional e uma releitura geral deste que há muito tempo alegra o Nordeste e só agora começa a ser visto e aceito como ritmo brasileiro como os demais. Isso se deve principalmente a sua força e tradição que se mantém desde a época de Jackson do Pandeiro e o eterno Luiz Gonzaga que imortalizaram a música “Asa Branca” que já chegou a ser considerada como o 2º hino Nacional por ter sido assim re-gravada por centenas de músicos e também ser conhecida talves por toda a totalidade da nação sem distinção de cor, sexo, idade, ideologia política, religiosa ou cultural.

O forró há um bom tempo perdeu aquela sua conotação de pé-de-serra onde com apenas uma sanfona ou um pé-de-bode, um triângulo, uma zabumba e um pandeiro, três ou quatro músicos faziam a alegria de diversas comunidades da área rural, principalmente, aquelas localizadas próximas às serras, de onde veio o título “Forró Pé-de-Serra”.

Isto sim é que era o verdadeiro forró nordestino onde os casais dançavam coladinhos sem coreografias exageradas apenas no "rala bucho", rosto coladinho, surgindo assim os cochichos, xavecos e namoros à luz de candeeiro, lampião ou da lua.

Com as exigências do mercado a mídia desconfigurou por completo o bom e velho forró que deixou de ser de pé-de-serra pra virar mega shows onde o que importa é o lucro que os empresários têm, os cenários caríssimos, as bailarinas nuas e a pornografia no palco com letras de duplo sentido e apelação barata.

O forró pede socorro!! Chega de imoralidade e perda de cultura. Temos que resgatar nossos valores regionais, morais e éticos, unindo-se todos numa corrente de superação do obsceno e trazendo de volta a nossa verdadeira história.

Autobiografia
Alexandro Rodrigues Pinto

Cantor, compositor, baterista, percussionista e violonista, coordenador de grupo jovem, ex-presidente de grêmio estudantil e educador popular, natural de Belém do São Francisco (PE), transitei por diversas bandas locais a maioria delas de forró tais como: flor de hortelã, flor de maçã, forró Bahia, banda kamara, forró tucunaré, delírios musical, pimenta perfumada, musical mp3, grupo neblon, arquivo musical entre outras.

Hoje depois de uma certa experiência adquirida estou lançando minha banda que se intitula ALEX AXÉ E FOGO NA VIRIA, que na verdade é uma proposta de resgate do pé de serra com inserção de algumas canções românticas para atingir um público maior, causando um grande impacto na região do Submédio São Francisco, principalmente no município de Belém do São Francisco e chamando atenção principalmente da juventude pra nossa Cultura.
ALEX AXÉ E FOGO NA VIRIA
Criada no início do mês de junho, visando principalmente os festejos juninos a fogo na viria obteve uma repercussão surpreendente até mesmo pra nós músicos que não esperávamos tamanha aceitação de imediato. Assim decidimos trabalhar em um CD promocional no qual já colocamos duas músicas que são composições minhas já nas rádios e o retorno já pode ser visto através da aprovação dos fãs que já cantam nas esquinas da cidade.

Alex Axé
Jovem Rural, Música, Agente Cultural de Belém do São Francisco e Arte-educador

Alex Axé é do município de Belém do São Francisco do estado de Pernambuco

4 de julho de 2007

Educação Popular e resistência cultural

O coletivo de jovens, do Pólo Sindical dos Trabalhadores Rurais do Submédio São Francisco PE/BA, tem a oportunidade de fazer o curso, que é realizado pela EQUIP (Escola Quilombo dos Palmares), para lideranças de movimentos sociais que pretende contribuir com a auto-gestão dos movimentos sociais da região.

A educação popular tem contribuído de forma singular para nossa região construindo a noção de cidadania e autonomia dos movimentos sociais. Já que, historicamente, a educação formal tem seus fundamentos na ideologia dominante e esta busca garantir o status de uma classe. Aumentando assim as desigualdades, inclusive a desvalorização do campo.

Na busca de valorizar o ser humano no resgatando da sua dignidade, da sua autonomia, auto-estima e consciência crítica, conhecer e reconhecer nossos valores, fazendo com que a as pessoas seja capaz de refletir a sua vida sócio-política, econômica e cultural. Partindo da observação da sua realidade, a educação popular, surge do meio popular e da necessidade dos movimentos sociais.

Para a juventude rural é importante uma educação que valorize o nosso espaço, a nossa cultura. A nossa cultura, historicamente, foi e é discriminada por se considerar o campo um atraso. E esta cultura, que resiste ao sistema capitalista, e por isso desafiamos em sermos camponesas e camponesas.

Superando o preconceito e buscando alternativas para permanecermos no campo com dignidade e respeito. Pois somos capazes de solucionar os problemas e garantir nossos direitos. Temos capacidade de lutar sempre e reconhecer nossa cultura como cultura e para isso à educação popular é imprescindível para nós sertanejas e sertanejos.

Vânia Tatiane
Jovem rural e participante do Coletivo de Jovens do Pólo Sindical e estudande do curso de Pedagogia da UNEB

Vânia Tatiane é do município de Jatobá do estado de Pernambuco

Jane Oliveira: Email de jovens rurais parabenizando a criação do blog e anunciando colaboração

Jane Oliveira [tulipasolive@hotmail.com]
Enviada em: segunda-feira, 25 de junho de 2007 12:50
Para: trd@koinonia.org.br
Assunto: Resposta: PJR: colaboração e adminsitração

A idéia é ótima! Vou procurar formas de estar contribuindo assiduamente.

Abraços,
Jane Oliveira
Jovem Rural e Secrataria de Mulheres e Jovens do STR de Curaçá

Jane Oliveira é do município de Curaçá do estado da Bahia

Jerson Souza: Email de jovens rurais parabenizando a criação do blog

Jerson Jose de Souza [jersonabare@hotmail.com]
Enviada em: quarta-feira, 13 de junho de 2007 17:09
Para: trd@koinonia.org.br
Assunto: Resposta: Blog: Palavra de Jovem Rural

Estou muito feliz pelo acontecido e desejo muita felicidade para a juventude rural!!!

Jerson Souza
Jovem Rural e agricultor de agroecologia

Jerson Souza é do município de Abaré do estado da Bahia.

Sintia Verônica: Email de jovens rurais parabenizando a criação do blog

Sintia Verônica [sintiapolo@hotmail.com]
Enviada em: quarta-feira, 13 de junho de 2007 13:37
Para: trd@koinonia.org.br
Assunto: Blog Juventude Rural Boa tarde, companheir@s!

Vi o blog! Achei muito interessante! Parabéns por essa nova comunicação entre o jovem rural e o mundo. Que bom que outras pessoas irão conhecer o trabalho desenvolvido pelos jovens rurais através de koinonia em parceria com o polo sindical.

Abraços,
Sintia verônica
Jovem Rural, Secretaria de Mulheres e Jovens do STR de Chorrochó e Secretaria de Mulheres e Jovens do Pólo Sindical do Submedio São Francisco PE/BA

Sintia Verônica é do município de Chorrochó do estado da Bahia

27 de junho de 2007

Trabalhadores preparam terra para plantio em área ocupada de Cabrobó (PE)



Articulação Popular São Francisco Vivo

27/06/2007 - Continua ocupação e acampamento nas obras do canal norte do projeto detransposição, do governo federal, em Cabrobó (PE). A Advocacia Geral daUnião deu entrada no pedido de reintegração de posse, mas o número demanifestantes aumentou hoje (27) para cerca de 1500 pessoas que preparam aárea para plantio de alimentos e espécies nativas.

Os ocupantes afirmam que qualquer ação referente à reintegração de posse sóserá organizada após expedição de ordem pelo juiz federal responsável, dacomarca de Salgueiro (PE).

A ação acontece de modo pacífico, envolve organizações sociais, movimentospopulares, povos e comunidades tradicionais dos estados de Alagoas, Sergipe,Pernambuco, Bahia e Ceará. É mais um ato que exige o arquivamento do projetode transposição. Além disso, o povo indígena Truká afirmar ter direito sobreo território e faz a retomada das terras.

Segundo informações dos povos indígenas daquela região, o local é umaconfluência de três fazendas: Trucutu, Toco Preto e Mãe Rosa. O mesmo foivisitado recentemente pelo ministro da Integração Nacional, Geddel VieiraLima.

Hoje pela manhã os trabalhadores se reuniram em assembléia e participaram demomentos de formação. A tarde o grupo deverá fechar o buraco escavado peloexército para receber Geddel, na área de tomada das águas, além de arar aterra, plantar mudas de plantas típicas da mata ciliar e alimentos comofeijão, milho, abóbora e melancia.

Bispo se junta a acampamento.

Os bispos diocesanos de Barra (BA), Dom Luiz Cappio, e o de Juazeiro (BA),Dom José Geraldo devem visitar amanhã (28) pela manhã o acampamento. Elesirão reforçar a ação e participar de um momento ecumênico com osmanifestantes.

Cappio é o bispo que, em outubro de 2005, fez uma greve de fome em protestoa transposição e em fevereiro, desse ano, enviou carta ao presidente Lulacobrando compromissos firmados de organizar debates sobre o projeto. O atodeu início à uma ‘jornada de lutas’ que culminou com um acampamento, entreos dias 12 e 16 e março, em Brasília (DF).

Serviço:Acampamento em Cabrobó (PE)
Local – BR KM 29, entre Cabrobó e Orocó (PE)
Pessoas – 1500

Envolvidos:
MST - MPA - MMC - MAB - APOINME - MONAPE - CETA - SINDAE -CÁRITAS - CIMI - CPP - CPT - ASA - AATR - PJMP - CREA/BA - SINDIPETRO AL/SE- CONLUTAS - Federação Sindical e Democrática de Metalúrgicos do Estado deMG - Terra de Direitos - Fórum Nacional da Reforma Agrária - Rede Brasileirade Justiça Ambiental - Fórum Permanente em Defesa do Rio São Francisco / BA- Fórum de Desenvolvimento Sustentável do Norte de MG – Fóruns deOrganizações Populares do Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco -Frente Cearense Por uma Nova Cultura da Água Contra a Transposição - ProjetoManuelzão/MG - STRs, Colônias de Pescadores, Comunidades Ribeirinhas,Indígenas, Quilombolas, Vazanteiras, Brejeiras, Catingueiras e Geraiseirasda Bacia do Rio São Francisco

Contatos:
Josivaldo (MAB): (87) 38871050 (entre 15h e 16h)
Josenilda Dantas (MMC): (87) 38871050 (entre 15h e 16h)
Ruben Siqueira: (71) 92086548
Clarice Maia (Comunicação): (71) 92369841 e (87) 38871050


Clique aqui e leia o Manifesto do acampamento

--
Jorge Atilio Silva Iulianelli
Coordenador do Programa Trabalhadores Rurais e Direitos de KOINONIA

Agroecologia em Alagoas

Agroecologia é sistema ecológico de trabalhar com hortas e animais de um modo que não use agrotóxico em suas plantações e não usem remédios, de farmácia, nos seus animais. Segundo algumas pesquisas indicam que essas práticas são uma das maiores causas de morte atualmente no mundo. E hoje o que nós podemos fazer é conscientizar e mostrar que nós podemos ter nossos alimentos saudáveis sem que seja preciso usar agrotóxico.

No município de Ouro Branco, em Alagoas, temos o trabalho de jovens ADL (Agente de Desenvolvimento Local). Estes jovem recebem uma bolsa para acompanhamento de pequenos agricultores em vinte e uma comunidades, daquele município. Os jovens têm como compromisso passar para os agricultores à importância de não fazer desmatamento e queimadas. E para os animais procurar tratar com remédios de plantas medicinais que temos muitas em nossa região.

Já em Poço das Trincheiras, do estado de Alagoas, procuramos passar para os líderes comunitários à importância das nossas matas e que devemos abandonar as queimadas e a degradação do meio ambiente através de muretas de pedras na plantação em curva de nível e estarmos preservando, principalmente, as árvores ao lado das nascentes.

O que vem acontecendo muito, em nossa região, é o desmatamento ao lado das nascentes. E temos muitas nascentes que já não existem mais e outras estão se acabando. É uma historia triste, mas é a realidade. Tudo por causa do desmatamento, sabemos disso, e precisamos nos conscientizar e ao povo. Afinal não podemos fazer uma “marvadeza” com quem não mexe com a gente.

Fico muito orgulhoso vendo algumas nascentes ressuscitando através, deste trabalho, de não desmatar principalmente ao lado das nascentes e as árvores estão recompondo ao seu hábitat. Habitat este de onde nunca deveriam ter saído. E ainda é muito gratificante ver à volta dos animais e pássaro para suas casas.

Odirlan Cirilo
Jovem rural, agricultor e Agente Cultural de Poço das Trincheiras (AL)

Odirlan Cirilo é do município de Poço das Trincheiras do estado de Alagoas.

Vanessa Barreto
Jovem rural, agricultora, agente cultura e jovem ADL.

Vanessa Barreto é Ouro Branco do estado de Alagoas.

26 de junho de 2007

A Cultura do nosso Forró


O nosso forró, o famoso forró Pé-de-Serra, é uma coisa que vem sumindo! O que hoje vemos em nossa região é um forró muito sofisticado e não aquele forró com Sanfona, Zabumba, Pandeiro e o Triangulo. E o nosso forró é algo que estará logo em extinção, na nossa região.
Hoje mesmo ninguém sabe valorizar a nossa cultura e o que era tão bom, uma noite de São João, como um bom Forró Pé-de-Serra não há mais. O que temos, atualmente, em nossas festas de São João é uma loucura. Vocês já ouvirão falar em uma noite de São João ser animada por um DJ? Pois isso aconteceu em nossa região, aqui no Alto Sertão de Alagoas.
Cadê a nossa cultura? E para onde vai nosso folclore junino?

Esse foi uma das questões feita pelos agentes jovens rurais e culturais.

Odirlan Cirilon
Jovem Rural, agricultor e Agente Cultural de Poço das Trincheiras (AL)


Odirlan Cirilo é do município de Poço das Trincheiras do estado de Alagoas.

21 de junho de 2007

Sítio de agroecologia


Amig@s leitor@s,

Essas são as fotos do meu sitio agroecologico.

Odirlan Cirilo











Veja mais fotos aqui.


Odirlan Cirilo

Jovem Rural, agricultor e Agente Cultural de Poço das Trincheiras (AL).


Odirlan Cirilo é do município de Poço das Trincheiras do estado de Alagoas.

20 de junho de 2007

Juventude Rural e festa junina

Na cidade Rodelas, localizada na região do Submédio São Francisco no Estado da Bahia. Tem um povo hospitaleiro e trabalhador que recebe vários visitantes, nesta época de ano, por causa de sua festa junina.
A festa tem início no dia 15 de junho e o seu encerramento é no dia 24 do corrente. Temos várias apresentações, como: a banda "Areio de Ouro". A banda abrirá a festa e, posso até dizer, que já virou uma virou tradição. Os grupos de jovens, de 12 a 22 anos, fazem a abertura com uma apresentarão de dança de quadrilha.
E, para este ano, o grupo de jovem organizado Benedito Nery, Secretário de Gabinete do Prefeito, montou e ensaiou uma quadrilha para a abertura dos festejos. Foi uma apresentação espetacular, segundo os comentários populares. E ainda teremos, no dia 23, os grupos de jovens ligados as escolas.
Aqui deixo o meu convite: venham ver o trabalho dos rodelenses! Vocês irão gostar!!!

Jocivaldo Cruz de Sá
Presidente do Conselho Tutelar de Rodelas (BA)


Jocivaldo é do município de Rodelas do estado da Bahia

18 de junho de 2007

Algumas palavras sobre a minha viagem...

Leitoras e leitores,
finalizando as contribuições e observações sobre a intercâmbio entre jovens camponeses e jovens quilombolas e de periferia, no Rio de Janeiro, escrevo a minha vivência.
Abraços, Vânia Tatiane




Intercâmbio e socialização da pesquisa efeito das ações juvenis para superação da violência na região do Submédio São Francisco foi realizada em 2005 entre os dias 15 a 22 de maio de 2007.

O que espero dessa experiência?


Sinto-me otimista e apesar do cansaço, espero atingir os objetivos propostos de socializar a pesquisa. Também por estar conhecendo a cidade Rio de Janeiro, estar multiplicando a experiência que tivemos no Submedio São Francisco (SMSF) e expandindo também para as universidades daqui do Rio de Janeiro. Espero aprender com eles e ver de que forma eles percebem a nossa realidade; as dúvidas e curiosidades, trocar experiências e perceber “o que é de fato” é morar na favela, no centro da cidade e no subúrbio. E ainda ser universitário no Rio de Janeiro. Pretendo repassar esse intercâmbio para o coletivo do Pólo Sindical do Trabalhadores Rurais do Submedio São Francisco, no qual eu faço parte como jovem do município de Jatobá (PE) e para a direção do Pólo. E, se possível, em outros espaços da região do SMSF.

Viajamos pela primeira vez de avião. Uma experiência única para Jocivaldo e eu. Apesar da ansiedade, para mim foi tranqüilo andar entre e acima das nuvens. Adorei voar, senti um pouco de medo no início, mas depois fiquei calma.

O interessante foi o medo de Jocivaldo, quando eu mostrava a natureza lá em baixo, sua mão suava demasiadamente e ele começava a refletir que nada nos segurava. Num primeiro instante achei à cidade maravilhosa com suas praias e paisagens...

Fomos, assim que chegamos, para a casa do Atílio (coordenador do Programa TRD de KOINONIA) e Raquel. Eles são muito divertido e pude rever seus filhos: Atílio Luca e Maria Sol. E ainda pude conhecera mãe de Priscila (Assistente do Programa TRD), que se chama Neide.

A primeira apresentação dos resultados da Pesquisa "Ações Juvenis para Superação da Violência na região do Submédio São Francisco" na favela da Maré no Observatório de Favelas.

No primeiro momento, cada participante, se apresentou brevemente. Neste momento, estava tranqüila, mas um pouco ansiosa e comecei a apresentar a pesquisa.

Falamos o que era a região do Polígono da Maconha, sobre o Pólo Sindical e o Coletivo de Jovens e as atividades que desenvolvemos com a juventude. E depois começamos a apresentar os resultados da pesquisa. E após a apresentação tivemos espaço para perguntas e troca de experiências.

Percebi que as perguntas deles eram sobre a região, mas comparando sempre com a violência da favela. Não achavam que no Submedio São Francisco também tem violência. As perguntas eram mais dirigidas para o plantio de maconha devido a proximidade do tráfico. Sabem que alguém plantou e colheu, mas não sabia que também é proibido plantar. E ainda ouvimos os relatos dos jovens e de como é morar na favela.

A experiência de ter estado com jovens da favela de maré foi impressionante. No inicio estava tranqüila, mas depois de alguns depoimentos me senti intimidada. Pensei que, a qualquer momento, poderia haver um tiroteio e eu estava lá. Fiquei mais tranqüila quando saí viva da favela.

Foi um momento, de troca de experiência, saber um pouco mais sobre a violência por aqueles que vivem o dia-a-dia e ver não só o lado ruim que a mídia mostra a violência como única coisa que existe na favela, mas também esses espaços alternativos de vivência, educação. O Observatório que busca trazer alternativas para o povo da favela. Foi importante repassar nessa experiência e mostrar que a droga que tanto ouvem, aqui no Rio, saem de algum lugar. E que este lugar também é violento e as alternativas por parte do governo são poucas. Perceber que a violência na região onde vivemos tem um alto índice que não percebemos.

No mesmo dia, estivemos na faculdade Estácio de Sá e apresentamos o resultado da pesquisa para a turma de pedagogia. Fizemos uma introdução e apresentamos a pesquisa. Percebi que os estudantes tinham preocupação com o índice de violência e como superá-la. As perguntas direcionadas para a reflexão dos resultados.

E teve destaque a questão que as pessoas responderam sobre a culpa de haver violência na região e que os entrevistaram se responsabilizaram pela violência. Nós não refletimos sobre essa questão e alguns outros resultados. Eles se preocuparam mais com a superação.

Noutro dia fomos para o PROFEC (Programa de Formação e Educação Comunitária). O PROFEC é uma ONG na periferia da cidade de Duque de Caxias no Rio de Janeiro. Existem vários projetos: balé, aulas de violão, informática, trabalho com o ecumenismo e etc.

Quando começamos a apresentação, particularmente, me senti um pouco incomodada com alguns risos. Percebi que é o nosso jeito de falar. O novo incomoda. Apresentamos a pesquisa e eles acharam interessante. Tinham uma visão distante de nossa realidade.

Eles falaram que acham à cidade deles violenta e que querem superar a violência. Disseram que era possível, mas é preciso trabalhar para isso. Porém não se sentem protagonistas pra isso. Sentir o interesse deles em conhecer mais nossa região, principalmente quando falamos do Rio São Francisco.

Percebi que tiveram dificuldade em comparar as duas realidades do campo e da cidade. O subúrbio tem potencial e só precisa ser desenvolvido, assim como a favela.

Fomos de Duque de Caxias para Niteroi. E logo que chegamos tivemos uma conversa com os professores: Paulo Carrano e Ana Brenner do
Observatório Jovem Rio, da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Apresentamos a pesquisa e falamos das nossas experiências. Eles perguntaram sobre a nossa experiência em fazer essa pesquisa, qual o objetivo. As perguntas eram mais direcionadas ao nosso trabalho com juventude, como: porque de fazermos a pesquisa e sobre a socialização que estamos fazendo. Depois proporam uma entrevista para divulgar o resultado dessa pesquisa no Observatório Jovem Rio.

Seguimos da conversa com os professores para apresentação da pesqusa para estudantes do curso de Engenharia Agrícola, ainda na UFF.

A professora Ana Motta nos recebeu como se já nos conhecêssemos há anos e ela fez o histórico da região do SMSF e sobre a luta do Pólo Sindical: como surgiu a luta pelo reassentamento de Itaparica e a importante presença das mulheres; e ainda disse que, hoje, é uma mulher que coordena o Pólo Sindical: a Cassinha.

Os estudantes estavam atentos e fizeram perguntas direcionadas a nossa realidade quanto à violência contra a natureza e não só a violência armada; a expulsão de milhares de pessoas de suas terras para as construções das hidroelétricas; e os impactos ambientais.

Nesta apresentação percebi, que cada grupo, interpreta a nossa apresentação de acordo com sua visão de mundo - ou seja: eles percebem a violência contra a natureza, pois faz parte do cotidiano deles e do interesse do seu curso.

E, nesta noite, estivemos no lançamento do livro "Laudo multidisciplinar em conflito socioambiantal – O caso da reforma agrária no entorno da Reserva Biológica de Poço das Antas" da professora Ana Motta e fomos bem recebidos por elas e seus convidados.

Na sexta-feira, dia 18 de maio, apresentamos no escritório de
KOINONIA. O pessoal é maravilhoso! Estavam contentes com nossa presença e conhecê-los foi muito bom, pois apesar da distância trabalhamos juntos e estar nesse espaço proporcionou uma apresentação tranqüila e um diálogo aberto. O interesse deles era saber como é nossa experiência no Submédio São Francisco e de como: é esse trabalho de estarmos pesquisando e socializando; e saber como é aqui na capital do Rio de Janeiro e detalhes e sobre a viagem. As perguntas eram como o que estamos achando do Rio e o que fizemos de lazer, enfim foi muito bom dizer o que de fato fazemos.

Na manhã de sábado, fomos para o intercâmbio na comunidade do Alto da Serra do Mar, no povoado de Lídece, na cidade de Rio Claro, onde KOINONIA tem um trabalho de assessoria do Programa EGTE/TN com a assessora Ana Emília.

Foi uma das paisagens mais belas que vi! O impacto do clima foi o que mais me incomodou, pois tenho costume de sentir frio e apesar disso à forma simples de se viver me deu saudades de casa.

Os remanescentes de quilombo são muito acolhedores e me senti em casa. Eles nos levaram para passear, enquanto caminhávamos e tocávamos experiências, percebíamos a diferença regional.
Passeamos pela roça, conhecemos o espaço de plantação. Ao trilhar, na Mata Atlântica, percebi áreas devastadas, mas há também um projeto de revitalização realizado pelas entidades da região. Os quilombolas plantam o palmito para produção e outras plantas diversas para o reflorestamento. Achei muito interessante já que a caatinga também é muito devastada e não há um projeto assim, que eu conheça.

É um modelo de produção sustentável, as pessoas são comprometidas com o projeto, pois ensinam as crianças e jovens a manter esta atividade; tomar o gosto pela terra, valorizando assim sua cultura.

Fizemos um encontro com a comunidade e o Isaías deu as boas vindas nos apresentando a comunidade. Falou das associações que são: de produtores rurais e dos quilombolas, depois cada pessoa se apresentou. E começanos a apresentar a pesquisa. Eles não se interessaram muito pela violência, pois o lugar segundo eles não tem violência, mas eu percebi que a violência, que acho que acontece, é exatamente a luta pela terra. A Dna. Terezinha disse que a comunidade ainda correm perigo de perder suas terras para os grileiros. A terra que seus filhos nasceram e cresceram e que dá o sustento. O que eu percebo é que eles não percebem essa violência.

Uma semelhança é que eles também lutam pela terra e a nossa conquista - o reassentamento de Itaparica - e eles também buscam se manter na terra, em Alto da Serra do Mar.

Nosso objetivo foi além de mostrar os resultados da pesquisa mas também incentivá-los a se organizarem como juventude e manter a luta pelos direitos.

Ouvimos relatos de como foram discriminados quando eram crianças, na época da escola, mas hoje eles conhecem a lei contra o racismo e creio que o trabalho de KOINONIA venha a contribuir para essa formação cidadã. Agradeço aos quilombolas que estavam presente, pela receptividade e pelo maravilhoso almoço: Valeu a pena!

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A direção de KOINONIA o meu agradecimento pela possibilidade de fazer intercâmbio, aqui no Rio de Janeiro. Foi inesquecível! E, em especial a Priscila Chagas e Jorge Atílio Silva Iulianelli, que nos acompanharam nesse trabalho. O lazer que vocês nos proporcionaram. Isso contribuiu e muito para uma percepção de mundo ampla e mais solidária!
Aquele abraço!


Vânia Tatiane
Jovem jural e do Coletivo de Jovens do Pólo Sindical e estudande do curso de Pedagogia da UNEB.


Vânia Tatiane é do município de Jatobá do estado de Pernambuco