8 de julho de 2008

Carta do Sertão

Reunião do coletivo de jovens do sertão da alagoas dia 31 de maio do ano de 2008. Nós membros deste espaço de organização e representação juvenil em uma reflexão coletiva decidimos criar uma carta para fazer chegar ate cada jovem das organizações sociais do sertão informações sobre nós.

COLETIVO DE JOVENS RURAIS DO SERTÃO ALAGOANO

1. UM POUCO DA HISTÓRIA

O trabalho com juventude rural na região semearia de Alagoas já vem sendo desenvolvido, por diversas entidades, ao longo desses anos. Todavia, foi a partir da experiência do Curso de Agentes Culturais Jovens, promovido por Koinonia, Equip e Irppa, dirigido públicos de diferentes instituições, que surgiu a necessidade de formar um Coletivo de Jovens Rurais para articular e socializar as diversas experiências.
A criação desse Coletivo foi levada ao debate no interior das entidades e a COPPABACS fez uma articulação para uma primeira reunião, que ocorreu em fevereiro de 2007. Desta reunião participaram jovens e representantes institucionais das seguintes entidades: Coppabcs, Cáritas, PJR, Nudec, Cactus, Geavs, STR de Água Branca e STR de Delmiro Gouveia.
Durante a reunião foi explicitada a necessidade de dá continuidade ao trabalho educativo e organizativo da juventude rural da região, de forma mais articulada e também de se ter um elo concreto entre as organizações locais e as entidades de assessoria.
Uma outra questão colocada foi a necessidade dos próprios jovens irem assumindo a condução de seus processos educativos e político-organizativos e de ter um espaço que permita um monitoramento mais eficaz do trabalho.
Diante das questões colocadas, os participantes da reunião formalizaram a criação do Coletivo de Jovens Rurais do Semi-árido Alagoano, inclusive com a definição de uma coordenação. Neste primeiro ano a coordenação ficou composta de jovens representantes da Coppabcs, Cactus e PJR, e assumiu a tarefa de organizar a próxima reunião em março de 2007 e em 2008 tivemos um processo de escolha de coordenação onde tivemos os representantes das seguintes organizações; STTR de S.J da Tapera, PJMP, COPPABACS, CARITAS.

2. O QUE É COLETIVO?

 O Coletivo de jovens Rurais do semi-árido Alagoano é uma articulação de jovens rurais, representantes de diversas entidades de jovens e/ou que trabalham com jovens na região do sertão de Alagoas.

3. COMO ESTÁ ESTRUTURADO O COLETIVO DE JOVENS RURAIS?

 É composto por representantes das seguintes entidades e/ou movimentos sociais: Coopabacs, Cactus, Nudec, Cáritas, PJR, STR de Delmiro, STR de Água Branca, STR de Inhapi e PJMP, STTR de São Jose da Tapera,STTR de Pão de açúcar,FACOB, FIJR, STTR de Ouro Branco, CEDECMA.
 Cada entidade tem entre 2 a 5 representante permanentes, a depender da área de abrangência de trabalho da instituição:
 A periodicidade de reuniões é bimestral;
 A coordenação tem permanência de 2 (dois) anos, devendo haver rodízio entre as entidades. Porém, deve ficar sempre uma entidade de coordenação anterior para garantir a continuidade do processo;
 O Coletivo tem o apoio pedagógico de Koinonia, de forma sistemática.

4. QUAL O PAPEL DO COLETIVO?

 Ser um articulador das diversas ações realizadas pela juventude rural na região, sobretudo as organizadas pelas entidades nas quais os membros do coletivo estão vinculados;
 Acompanhar os processos de capacitação que serão realizados com novos jovens, com assessoria de Koinonia, sobretudo o Curso de Agentes Culturais Jovens rurais;
 Promover intercambio de experiência entre os jovens rurais;
 Planejar e desenvolver novas ações de formação, organização e mobilização com jovens, com acompanhamento das entidades, incluindo as entidades de assessoria;
 Ser um espaço de monitoramento da continuidade do processo educativo e político-organizativo realizado pelos agentes culturais jovens rurais;
 Fomentar a articulação e parcerias das entidades de jovens rurais da região, em torno da luta por políticas públicas para juventude rural.

5. QUAL O PAPEL DAS ENTIDADES DE ASSESSORIA?

 Acompanhamento pedagógico ao Coletivo
 Assessoria nas ações educativas e político-organizativas
 Facilitar os processos de intercâmbios
 Organizar e financiar, em parceria, processos formativos de caráter sistemático, planejados e assumidos institucionalmente.
 Fortalecer as parcerias com o desenvolvimento de outros programas de interesse das instituições.

6. Qual o papel das organizações locais?

 Assumir, institucionalmente, a participação dos jovens que representam a entidade no Coletivo;
 Fazer o monitoramento da participação dos jovens do Coletivo;
 Partilhar as responsabilidades financeiras das ações do Coletivo;
Dar continuidade as parcerias institucionais com as entidades que atuam como assessoria.

Quitéria Ferreira
Koinonia
Março / 2007

Porque queremos ter a participação dos jovens e das jovens do sertão?

Para fortalecer a militância da juventude pela superação da violação dos direitos juvenis, buscando promover um diálogo entre os grupos de diferentes espaços de atuação provocando a promoção do protagonismo juvenil, fazendo do presente à construção de dias melhores no sertão de alagoas.

Destaque para a importância da cooperação entre as juventudes.

Entendemos que a juventude tem que se organizar como geração para buscar a garantia de políticas e ações voltadas para si. Sabemos que a união faz a força ter um interesse pelo fortalecimento de uma organização que lida com a diversidade de pensamento, realidade local, raça e etnia, gênero e outros. Pode ser um mecanismo para o fortalecimento da luta de oprimidos contra a opressão na busca de construir uma sociedade mais justa, onde os direitos humanos econômicos, sociais, culturais, ambientais, civis e políticos não sejam violados, e que a juventude seja vista como um segmento social, portanto dotado de direitos. Assim entendemos que tanto os jovens rurais quanto urbanos têm demandas específicas, contudo precisa haver uma coletividade para acoplar os desejos e anseios da juventude como um todo, fortalecendo assim a militância pela garantia da construção de uma realidade social onde a juventude tenha pleno gozo de seus direitos, onde seja promovida a paz e não haja nenhuma forma de exclusão.
Thiago Santos
Koinonia/coopabscs
STTR de S.J da Tapera
Maio/2008

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