4 de julho de 2007

Educação Popular e resistência cultural

O coletivo de jovens, do Pólo Sindical dos Trabalhadores Rurais do Submédio São Francisco PE/BA, tem a oportunidade de fazer o curso, que é realizado pela EQUIP (Escola Quilombo dos Palmares), para lideranças de movimentos sociais que pretende contribuir com a auto-gestão dos movimentos sociais da região.

A educação popular tem contribuído de forma singular para nossa região construindo a noção de cidadania e autonomia dos movimentos sociais. Já que, historicamente, a educação formal tem seus fundamentos na ideologia dominante e esta busca garantir o status de uma classe. Aumentando assim as desigualdades, inclusive a desvalorização do campo.

Na busca de valorizar o ser humano no resgatando da sua dignidade, da sua autonomia, auto-estima e consciência crítica, conhecer e reconhecer nossos valores, fazendo com que a as pessoas seja capaz de refletir a sua vida sócio-política, econômica e cultural. Partindo da observação da sua realidade, a educação popular, surge do meio popular e da necessidade dos movimentos sociais.

Para a juventude rural é importante uma educação que valorize o nosso espaço, a nossa cultura. A nossa cultura, historicamente, foi e é discriminada por se considerar o campo um atraso. E esta cultura, que resiste ao sistema capitalista, e por isso desafiamos em sermos camponesas e camponesas.

Superando o preconceito e buscando alternativas para permanecermos no campo com dignidade e respeito. Pois somos capazes de solucionar os problemas e garantir nossos direitos. Temos capacidade de lutar sempre e reconhecer nossa cultura como cultura e para isso à educação popular é imprescindível para nós sertanejas e sertanejos.

Vânia Tatiane
Jovem rural e participante do Coletivo de Jovens do Pólo Sindical e estudande do curso de Pedagogia da UNEB

Vânia Tatiane é do município de Jatobá do estado de Pernambuco

Um comentário:

Liquinha Linda disse...

Texto muito bem elaborado, que fala de algo que acontece de fato. Se todos percebessemos a importância exercida pela educação popular, nosso Brasil seria, certamente um país de oportunidades mais justas e iguais para todos.

Um abraço
=*

Lídia Cavalcanti